Cristãos se unem em oração após ataque no Sri Lanka: “Venha em nossa proteção”

A igreja evangélica de Sião se reuniu em um pequeno salão comunitário duas semanas depois do massacre no Sri Lanka.

Fonte: Guiame, com informações da ReutersAtualizado: terça-feira, 7 de maio de 2019 às 18:40
Membros da Igreja de Sião, que foi bombardeada no domingo de Páscoa, oram em um salão comunitário em Batticaloa, no Sri Lanka. (Foto: Reuters/Danish Siddiqui)
Membros da Igreja de Sião, que foi bombardeada no domingo de Páscoa, oram em um salão comunitário em Batticaloa, no Sri Lanka. (Foto: Reuters/Danish Siddiqui)

Duas semanas depois do massacre no Sri Lanka, cristãos da igreja evangélica de Sião se reuniram em um pequeno salão comunitário na cidade de Batticaloa, no leste, na manhã do último domingo (5).

No domingo de Páscoa, um suicida matou 29 de seus companheiros. Os sobreviventes do ataque entraram em silêncio para a reunião, alguns com muletas, outras com tapa-olhos. Todos estavam unidos pelo menos propósito: se dirigir a jesus Cristo em oração.

“Venha em nossa proteção neste mundo onde estamos sendo atingidos pelas ondas”, eles cantaram.

Mais de 250 pessoas foram mortas e quase 500 ficaram feridas nos ataques de militantes islâmicos em igrejas e hotéis no Sri Lanka, em 21 de abril. O Estado Islâmico reivindicou a responsabilidade, mesmo sem evidências para respaldar sua autoria.

No entanto, o presidente do Sri Lanka, Maithripala Sirisena, disse à Reuters que acredita que o grupo orquestrou os ataques. O governo advertiu ainda que os terroristas planejavam mais ataques e reforçou a segurança do país.

“Nos salve dos demônios que estão tentando destruir nossa nação”, cantavam os adoradores cristãos em Batticaloa.


Membros da Igreja de Sião, que foi bombardeada no domingo de Páscoa, oram em um salão comunitário em Batticaloa, no Sri Lanka. (Foto: Reuters/Danish Siddiqui)

A Igreja de Sião precisa de mais reparos para que seja usada novamente. Também não houve reuniões na Igreja de São Sebastião em Negambo, onde pelo menos 102 pessoas morreram. Uma missa foi realizada a portas fechadas na Igreja de Santo Antônio, em Colombo, que foi a terceira bombardeada naquele dia.

O homem-bomba que atacou a Igreja de Sião estava perto de um gerador quando detonou a bomba em sua mochila, amplificando a força da explosão. Quatorze crianças, muitas das quais estavam tomando café da manhã no pórtico da igreja, foram mortas e dezenas de fiéis ficaram feridos.

“Por que o Senhor nos leva através desse fogo?”, disse o pastor Roshan Mahesan, com a voz embargada, depois de cerca de uma hora de louvor.

Mahesan, que estava viajando no domingo de Páscoa e não presenciou o bombardeio, elogiou Ramesh Raju, que impediu que o homem-bomba entrasse no salão principal da igreja. Raju morreu na explosão.


Membros da Igreja de Sião, que foi bombardeada no domingo de Páscoa, oram em um salão comunitário em Batticaloa, no Sri Lanka. (Foto: Reuters/Danish Siddiqui)

Os fiéis também oraram pelos feridos, como Arul Prashanth, de 30 anos, que ajudou outros antes desabar em seus ferimentos. Estilhaços haviam perfurado seu ombro e costas.

Sumathi Karunakaran, uma dona de casa de 52 anos, foi atingida por uma rajada de estilhaços antes de escapar, escalando uma parede. Ela compareceu ao culto com um olho e o braço enfaixados.

“Eu continuarei vindo”, disse Karunakaran, cuja filha de 22 anos, Uma Shankari, ainda estava internada devido a ferimentos sofridos na explosão. “Na verdade, meu marido está aqui pela primeira vez. Ele veio por nossa filha”.

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