Esposa de pregador preso na China é coagida pela polícia a “admitir culpa”

Li Shanshan foi ameaçada por dois dias consecutivos e pressionada a "admitir culpa" em relação à acusação infundada de fraude.

Fonte: Guiame, com informações do ChinaAidAtualizado: sexta-feira, 10 de fevereiro de 2023 às 16:26
O Pr. Li Jie, sua esposa Li Shanshan e filhos. (Foto: ChinaAid)
O Pr. Li Jie, sua esposa Li Shanshan e filhos. (Foto: ChinaAid)

A polícia chinesa convocou Li Shanshan, esposa do líder da Linfen Covenant House Church, Li Jie, que está preso, para comparecer à delegacia.

A mulher foi ameaçada por dois dias consecutivos e pressionada a "admitir culpa" em relação à acusação infundada de fraude.

As autoridades acabaram por libertá-la mediante pagamento de fiança, mas ameaçaram continuar a perseguição.

Não há informações claras se Wu Tingting, que também é membro da Linfen Covenant House Church, também está sendo intimidada.

A reação da igreja

Segundo a ChinaAid, a igreja enviou uma carta com pedido de oração urgente no início da manhã de 8 de fevereiro, onde escrevem:

“Admitimos diante de Deus que somos todos pecadores, mas nunca admitiremos a culpa por uma acusação de 'fraude' tão ridícula”.

Os pregadores Li Jie, Han Xiaodong e Wang Qiang foram acusados ​​de “fraude” e seus casos foram devolvidos pela Procuradoria, que recentemente retomou a investigação.

Em 4 de fevereiro, seus casos foram devolvidos ao departamento de segurança pública pela Procuradoria do distrito de Yaodu, solicitando uma investigação mais aprofundada.

Perseguições

A ChinaAid informa que fontes especulam que os membros da Linfen Covenant House Church enfrentarão uma nova rodada de perseguições.

A Linfen Covenant House Church é uma igreja doméstica que tem sido perseguida pelo regime chinês por se recusaram a ingressar no Movimento Patriótico das Três Autonomias da China, a igreja protestante sancionada pelo Estado.

Em 19 de agosto, mais de 100 policiais invadiram um evento da igreja, interrompendo uma reunião familiar. Os membros, incluindo crianças, foram detidos e levados para a delegacia.

A polícia emitiu avisos de "vigilância residencial em um local designado" (RSDL) para Li Shanshan e Chen Ying, esposa de Han Xiaodong, posteriormente. Elas foram liberadas sob fiança, mas seus maridos foram enviados para o Centro de Detenção de Yaodu por acusações de "fraude".

Confissões forçadas

Muitos cristãos, assim como Li Shanshan, foram convocados para comparecerem à delegacia de polícia local.

Os policiais usaram diversos métodos para forçá-los a fornecer falso testemunho e provas contra os pregadores acusados ​​de fraude.

Os cristãos estão sendo submetidos a pressão de diversos âmbitos, incluindo suas famílias, comunidades, empregadores e policiais.

Além disso, as autoridades estão obrigando os fiéis a fazer uma falsa confissão e a assinar uma declaração juramentada na qual se comprometem a não frequentar a Linfen Covenant House Church novamente.

Esses cristãos enfrentaram pressão de suas famílias, comunidades, empregadores e policiais. Juntamente com a falsa confissão, as autoridades forçaram os cristãos a assinar uma declaração juramentada, concordando que nunca mais frequentariam a Linfen Covenant House Church.

Chamada à oração

Na carta de 8 de fevereiro, a Igreja Linfen Covenant House solicita aos cristãos que orem por Li Jie, Han Xiaodong, Wang Qiang, Wu Tingting e Li Shanshan.

“Ore para que Deus os fortaleça. Atualmente, [eles] estão presos no centro de detenção. Eles não têm nenhuma informação sobre o mundo exterior ou sua família. Ore para que Deus os fortaleça e não admitam culpa ou aceitem punição”.

Na carta de oração, foi mencionado que os agentes de segurança nacional ameaçaram Li Shanshan de que a convocariam diariamente caso ela não "confesse". Foi relatado que a mãe de Wu Tingting chegou a chorar até perder a consciência na delegacia.

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