Ex-muçulmanos enfrentam torturas e morte ao se tornarem cristãos no Iraque

O presidente da International Christian Concern denunciou, no podcast 'Newsmakers', os diferentes níveis de perseguição enfrentados pelos cristãos no Iraque.

Fonte: Guiame, com informações da CBN NewsAtualizado: terça-feira, 10 de dezembro de 2024 às 17:32
O Iraque ocupa o 16º lugar na Lista de Observação Mundial da Portas Abertas como pior país para cristãos. (Foto: Pexels/Ahmed Akacha)
O Iraque ocupa o 16º lugar na Lista de Observação Mundial da Portas Abertas como pior país para cristãos. (Foto: Pexels/Ahmed Akacha)

Ex-muçulmanos no Iraque que se convertem ao Cristianismo enfrentam consequências que podem incluir espancamentos, sequestros ou até mesmo a morte.

Jeff King, presidente da International Christian Concern (ICC), participou recentemente do podcast "Newsmakers" da CBN News, onde discutiu os diversos níveis de perseguição enfrentados pelos cristãos no Iraque.

"Depende realmente do nível de fundamentalismo", disse King sobre a perseguição que um convertido ao Cristianismo pode enfrentar. "Então, isso é realmente apenas uma medida ampla... Se for uma família muito fundamentalista, é muito comum que você seja sequestrado e espancado. Isso provavelmente seria o nível mais baixo, a resposta mais baixa."

Ele continuou: "E então você seria torturado. Isso poderia chegar a... semanas de tortura e até assassinato. E geralmente é feito, e isso é tão difícil para os ocidentais entenderem, mas geralmente é feito pela própria família."

Perseguição a cristãos

O Iraque ocupa o 16º lugar na Lista de Observação Mundial da Portas Abertas, que classifica os países pelo nível de intensidade da perseguição enfrentada pelos cristãos em suas fronteiras.

"Qualquer pessoa que se converta do Islã provavelmente enfrentará uma pressão intensa de suas famílias e comunidades", diz uma explicação da Portas Abertas.

"Eles podem ser ameaçados, abusados, perder membros da família, ser pressionados ou até mesmo mortos. A conversão também pode ter consequências práticas, como perda de herança e falta de oportunidades."

King afirmou que o ICC tem estado ativo no Iraque por anos, inclusive durante os ataques do grupo terrorista Estado Islâmico. O terror causado pelo ISIS foi profundamente prejudicial à população cristã iraquiana.

"O ISIS entrou nas áreas cristãs e as esvaziou todas, destruindo as cidades, destruindo os poços – tudo", ele disse. "Eles queriam acabar com o Cristianismo que está no Iraque há mil anos, realmente, desde o início."

Apoio aos cristãos

O ICC tem se concentrado em reconstruir áreas cristãs, apoiando negócios prejudicados e criando poços, além de oferecer outras formas de assistência. Ainda assim, a perseguição continua.

"A vitimização continua e todo esse legado de danos está aguardando reparação", disse King.

King já havia relatado sobre um projeto de lei que está tramitando no parlamento do Iraque e que, segundo ele, poderia "legalizar o estupro de crianças".

A proposta reduziria a idade de consentimento para meninas no país de 18 para 9 anos, com King culpando o “islamismo fundamentalista” por apoiar essa iniciativa legislativa.

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