O governo nigeriano continua sendo criticado por sua incapacidade de conter a crescente onda de assassinatos na região. Na última sexta-feira, homens armados atacaram uma aldeia no estado de Kaduna, Nigéria. No incidente, o filho de um pastor foi morto e sua esposa sequestrada, junto com outras três pessoas.
A invasão ocorreu na comunidade Karimbu-Kahugu na área do governo local de Lere, no estado de Kaduna, informou o portal Daily Post da Nigéria, afirmando que a polícia não havia divulgado nenhuma declaração.
Segundo o jornal, o Oficial de Relações Públicas do Comando da Polícia do Estado de Kaduna, DSC Mohammed Jalige, recusou-se a comentar o incidente.
De acordo com o Christian Post, o assassinato e os sequestros foram confirmados pelo vice-presidente das Associações de Desenvolvimento Nacional de Kahugu, Peter Mukaddas.
Peter afirmou que os bandidos foram direto para a casa do pastor durante o ataque e atiraram em seu filho quando ele resistiu. Em seguida levaram sua esposa e outras três pessoas como reféns.
“Estamos apelando ao governo e às agências de segurança para que entrem em ação o mais rápido possível para garantir que nossos entes queridos sejam resgatados com vida. Estamos orando fervorosamente a Deus para tocar seus corações para que sejam libertos”, disse Peter.
Problemas com a segurança pública
Os ataques criminosos têm sido um problema recorrente na região norte da Nigéria, com invasões a comunidades rurais, escolas e outros locais públicos.
Cristãos sofrem há anos com as decadentes condições de liberdade religiosa no país em meio à ascensão de grupos terroristas como o Boko Haram e o Estado Islâmico no nordeste.
A violência contra comunidades predominantemente cristãs cometida por pastores radicais nos estados do Middle Belt, ricos em agricultura, também aumentou. Enquanto isso, a população afirma que o governo não está fazendo o suficiente para conter a violência local.
O Departamento de Estado dos EUA confirmou no mês passado a decisão de remover a Nigéria da lista de países de preocupação particular por violações da liberdade religiosa, pois segundo eles, o país não atingiu o limite legal para designação sob a Lei Internacional de Liberdade Religiosa.
No entanto, o Departamento de Estado afirma que continua preocupado com a situação da liberdade religiosa na Nigéria e continuará pressionando o governo para resolver a “violência generalizada” na Nigéria.
Em junho de 2022, o Departamento de Estado dos EUA divulgou um relatório de liberdade religiosa referente a 2021 e observou: “De acordo com o rastreador de segurança da Nigéria mantido pelo Conselho de Relações Exteriores, houve cerca de 10.399 mortes por conflitos violentos durante o ano, em comparação com 9.694 em 2020”.
O ministério Portas Abertas, informou que a Nigéria ocupa o 6º lugar na lista de observação mundial de 2023 entre os 50 países que mais sofrem com a perseguição cristã. A missão informou que em 2022, 5.014 cristãos foram mortos por sua fé e 4.726 foram sequestrados no país.
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