Igrejas são queimadas e pessoas decapitadas em aumento do terrorismo em Moçambique

O aumento da violência terrorista no norte de Moçambique tem resultado em milhares de pessoas descoladas. Organizações missionárias tem promovido apoio físico e espiritual às aldeias.

Fonte: Guiame, Luana NovaesAtualizado: quarta-feira, 26 de agosto de 2020 às 15:04
O aumento da insurgência islâmica no norte de Moçambique tem afetado famílias. (Foto: Marco Longari/AFP via Getty Images)
O aumento da insurgência islâmica no norte de Moçambique tem afetado famílias. (Foto: Marco Longari/AFP via Getty Images)

Um ano após a chegada do ciclone Kenneth em abril de 2019, a situação na província de Cabo Delgado, em Moçambique, tornou-se ainda mais crítica. Com a escalada da violência terrorista, igrejas foram queimadas, pessoas decapitadas, meninas sequestradas e milhares de pessoas descoladas de suas casas.

Cabo Delgado, lar de mais de 2,2 milhões de pessoas, tem sido atingido por uma onda de violência desde outubro de 2017, que aumentou significativamente a partir de janeiro de 2020. 

Mais de 300 ataques foram registrados pelo Escritório das Nações Unidas de Coordenação de Assuntos Humanitários (OCHA). Dentre estes, 71 foram relatados de janeiro a março de 2020. 

De acordo com a imprensa local, mais de 500 civis foram mortos desde outubro de 2017, além de 200 membros das forças de segurança do país e 250 terroristas armados. Além disso, foram registrados assassinatos, decapitações, sequestros de civis (incluindo meninas e mulheres), incêndio de propriedades e possível recrutamento forçado de crianças para grupos armados.

Nos últimos seis meses, os ataques aumentaram em larga escala, atingindo especialmente os distritos de Palma, Mocímboa da Praia, Nangade, Muidumbe, Macomia e Quissanga.

Com a escalada de violência, pelo menos 211.485 pessoas foram deslocadas em Cabo Delgado até junho, de acordo com os dados da Organização Internacional para as Migrações (OIM). A maioria das pessoas deslocadas internamente são crianças e mulheres.

Além da violência e dos impactos climáticos, os moradores de Cabo Delgado têm enfrentado crises humanitárias e econômicas devido à pandemia de Covid-19. Durante o surto, o acesso à meios de subsistências tem sido prejudicado, provocando uma crise alimentar.

Ajuda do Corpo de Cristo

Em meio a esse contexto, organizações como a Iris Global, sediada em Moçambique, fundada pelos missionários Heidi e Rolland Baker, tem fornecido ajuda humanitária e fortalecido as aldeias com a Palavra de Deus.


Heidi Baker ora por mulheres afetadas pela escalada de violência em Moçambique. (Foto: Iris Global)

Pelo menos 10 mil pessoas têm sido alimentadas diariamente em Cabo Delgado, incluindo deslocados internos, viúvas, deficientes físicos e famílias vulneráveis. “O amor é uma ação”, disse Heidi Baker em vídeo publicado pela organização.

“Em resposta ao terrorismo radical e à pandemia global da Covid-19, nós e a Iris acreditamos que este é o momento perfeito para sermos luz nessas situações sombrias. Estamos alimentando os famintos espiritual e fisicamente. Todos nós somos chamados a parar por quem precisa, com o poder do Espírito Santo”, disse a missionária.

Baker ainda destacou: “Por tudo isso, Jesus continua sendo a esperança viva e a resposta a todas essas necessidades”.

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