Irã anuncia nova campanha para uso do hijab e cristãs podem ser perseguidas

Há 10 meses, a jovem Mahsa Amini de 22 anos, foi espancada até a morte por usar o véu islâmico meio frouxo.

Fonte: Guiame, com informações da National News e Mission Network NewsAtualizado: terça-feira, 18 de julho de 2023 às 18:07
Mulheres são obrigadas a usar o véu islâmico no Irã. (Foto representativa: Unsplash/Mhrezaa)
Mulheres são obrigadas a usar o véu islâmico no Irã. (Foto representativa: Unsplash/Mhrezaa)

Dez meses após a morte da jovem Mahsa Amini, que foi espancada por policiais por não usar o véu islâmico adequadamente, a polícia moral volta às ruas com sua nova campanha que obrigada as mulheres a usar o hijab. 

O povo iraniano ficou extremamente irado com o governo depois do ocorrido com Amini e protestos explodiram em quase 50 cidades do país, desestabilizando o regime islâmico.

Como forma de se vingar dos protestantes e tentar parar o movimento de revolta, policiais mataram muitos inocentes, principalmente jovens.

Relembre o caso de Amini

No dia 13 de setembro, a jovem de apenas 22 anos estava passando as férias com a família, em Teerã, capital do país. 

De repente, ela foi empurrada para dentro de um carro policial. As autoridades alegaram que “ela estava usando seu hijab meio frouxo”. 

O uso do véu islâmico é uma exigência do governo religioso para as mulheres que vivem no país. Isso faz parte de uma longa linha de repressão por Teerã.

O irmão de Amini correu para a delegacia para defender a irmã, mas quando chegou já era tarde, Amini havia sido levada para um hospital desmaiada por ter sido agredida com fortes pancadas na cabeça.

Os parentes relatam que a polícia espancou Amini na prisão, junto com dezenas de outras mulheres. Ela sofreu graves lesões cerebrais, ficou em coma e acabou morrendo alguns dias depois.

Repressão aos direitos das mulheres

Conforme o Mission Network News (MNN), no último domingo (16), policiais patrulharam as ruas de Teerã em vans sinalizadas.

As mulheres têm procurado o call center da Heart4Iran — organização cristã que atua no país — para pedir oração e aconselhamento. “O estresse, a ameaça, a ansiedade está com todas as mulheres dentro do país”, disse Nazanin Baghestani que trabalha na organização.

“Elas não podem sair às ruas porque têm medo de serem pegas. As mulheres estão sendo perseguidas”, observou. 

Nazanin contou que um tribunal criminal sentenciou uma mulher à prisão, na semana passada, depois de rastrear suas violações do hijab usando câmeras de vigilância públicas.

As câmeras de segurança foram instaladas em todo o país em abril, sendo oficialmente usadas na repressão aos direitos das mulheres. A MNN pede orações pelas cristãs que vivem no Irã.

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