A Organização das Nações Unidas (ONU) informou que 2024 foi um dos piores anos para crianças que vivem em conflitos.
Conforme a ONU, há mais vítimas infantis de guerra na Ucrânia durante os primeiros nove meses de 2024 do que em todo o ano de 2023.
Além disso, mais de uma em cada seis crianças no mundo vive em zonas de conflito ou ficou desabrigada por causa de guerra ou violência.
O líder Greg Yoder, da Keys for Kids — organização que atua evangelizando as novas gerações, em parceria com ministérios locais — contou que os relatos das vítimas de guerra são “inacreditáveis e surpreendentes”.
“Isso acontece quando você ouve as histórias das pessoas na Ucrânia. Então, você vai para o Sudão, onde há literalmente um genocídio e até mesmo fome acontecendo. Você não consegue deixar de pensar: ‘Meu Deus, as crianças em muitas dessas áreas estão lutando. Elas estão procurando por algo em que possam ter esperança'”, disse Greg ao Mission Network News.
“A necessidade de alcançar as crianças e também as famílias é urgente. 70% das pessoas aceitam Jesus entre 4 e 14 anos de idade. Temos a responsabilidade, como cristãos, de alcançar essas crianças porque é o solo mais fértil”, acrescentou.
Esperança
Os devocionais oferecidos pela “Keys for Kids” ajudam as famílias a seguirem Jesus como a única fonte de esperança.
“Unir nossos recursos com ajuda física é o que realmente mudará corações e vidas. Vilas inteiras no norte do Paquistão chegaram à fé em Cristo por causa do trabalho que Deus fez por meio do Keys for Kids”,
“Precisamos orar, mas então nos envolver ativamente de alguma forma. Talvez seja para ir e ajudar, ou talvez seja para fornecer recursos financeiros, ou talvez seja para contar aos outros sobre o que Deus está fazendo”, concluiu.
Sudão
A guerra civil entre a junta militar do Sudão e as forças rebeldes forçaram mais de 8 milhões de sudaneses a fugirem do país e morar em campos de refugiados em nações vizinhas.
De acordo com a Mission Network News, milhares de pessoas morreram no conflito que já dura um ano, incluindo vítimas de genocídio.
O Sudão ficou em 5º lugar na Lista Mundial da Perseguição 2025 da Missão Portas Abertas dos lugares mais difíceis para ser cristão.
Durante os conflitos, o Sudão do Sul tem feito uma longa jornada em direção à paz, e as igrejas locais veem a alfabetização como um passo em direção à reconciliação.
“Quando as pessoas leem a Bíblia, elas aprendem a viver em paz. A Palavra de Deus transforma corações e mentes. Ela nos ensina a amar nossos vizinhos e a perdoar”, concluiu Angelo.
Segundo a missão, para Elizabeth, Angelo, Joseph e muitos outros, o projeto abriu portas para a salvação, crescimento espiritual e a transformação da comunidade.
Ucrânia
Desde o início da invasão da Ucrânia pela Rússia, em 24 de fevereiro de 2022, que gerou uma guerra entre os dois países e já ultrapassou o milésimo dia, o atual momento parece ser o de maior tensão.
Um relatório recente sobre a situação da liberdade religiosa na Ucrânia informou que mais de 200 igrejas evangélicas foram destruídas, desde o início dos conflitos.
A organização cristã Mission Eurasia, juntamente com o Instituto para a Liberdade Religiosa (IRF) do país, lançou recentemente o “Faith under Fire”, que “destaca uma situação terrível que exige atenção e ação globais imediatas”.
O documento contém evidências da devastação provocada nos últimos 21 meses da guerra entre as nações europeias.
Os autores destacaram que o relatório revela “uma realidade chocante onde comunidades religiosas e estruturas afiliadas são sistematicamente visadas, apreendidas e destruídas, enquanto as liberdades religiosas são severamente restritas, tudo exacerbado pela guerra brutal em andamento”.
Segundo o relatório, pelo menos 630 locais de culto foram destruídos ou danificados, incluindo mais de 600 igrejas cristãs, das quais 206 eram evangélicas.
A maior parte da destruição de igrejas se deu por parte de mísseis, drones e artilharia russos, mas “toda semana, novos relatórios surgem sobre o saque ou ocupação de outra igreja por soldados russos, para serem mal utilizados como bases militares ou como esconderijos para posições de tiro”, observou o relatório.
Cristãos russos que se opõem à guerra na Ucrânia colocam em risco sua liberdade, segurança pessoal e até a custódia de seus filhos. A Anistia Internacional estima que 20.000 russos enfrentaram represálias por terem protestado contra o conflito.
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