O ministro da Inteligência do Irã, Mahmoud Alavi, admitiu publicamente pela primeira vez que o cristianismo está se espalhando por todo o país.
Em discurso para clérigos muçulmanos xiitas na cidade de Qom, Alavi afirmou que o cristianismo está se espalhando em “partes” do Irã. “Esses convertidos são pessoas comuns, cujos empregos são vender sanduíches ou coisas semelhantes”, disse ele, segundo o site IranWire.
“Não tínhamos escolha a não ser convocá-los para perguntar por que estavam se convertendo”, acrescentou Alavi. “Alguns disseram que estavam procurando uma religião que lhes desse paz. Dissemos a eles que o Islã é uma religião de fraternidade e paz. Eles responderam: ‘Todo o tempo vemos clérigos muçulmanos e aqueles que pregam do púlpito falando uns contra os outros. Se o Islã é a religião da cordialidade, antes de tudo, deve haver cordialidade e paz entre os próprios clérigos’”.
O ministro da Inteligência iraniana tentou usar a conversão de muçulmanos ao cristianismo para incentivar os clérigos a deixarem de brigar entre si. “Não é tarefa da comunidade de inteligência encontrar as raízes dessas conversões do Islã. Mas está acontecendo bem diante de nossos olhos”, afirmou.
Embora o Irã seja classificado como o 9º país que mais sofre de perseguição religiosa no mundo, de acordo com a classificação da organização Portas Abertas, o país tem a população evangélica que mais cresce no mundo.
Em comparação com cerca de 500 cristãos declarados em 1979, existem hoje cerca de 500 mil, podendo chegar até 1 milhão de crentes secretos. De acordo com o Ministério Elam, mais iranianos se tornaram cristãos nos últimos 20 anos do que nos 13 séculos anteriores, desde que o Islã chegou no país.
Em 2016, a organização Operation World nomeou o Irã como a igreja evangélica que mais cresce no mundo. A segunda igreja que mais cresce está no Afeganistão, que tem sido alcançada, em parte, pelos iranianos devido à semelhança dos idiomas.
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