Missionária 'adotou' mais de 50 crianças para salvá-las da prostituição infantil na Tailândia

Lana Vasquez é fundadora da organiza Life Impact International e luta contra a prostituição infantil, iniciando seu ministério na Tailândia.

Fonte: GuiameAtualizado: sexta-feira, 13 de setembro de 2019 às 14:15

O que Lana Vasquez sofreu na infância foi na verdade a semente para que ela descobrisse sua missão. Tendo sido abusada sexualmente quando criança, posteriormente ela teve sua vida restaurada por Jesus e prometeu a si mesma que ia lutar com todas suas forças para que nenhuma outra criança sofresse o que ela sofreu. Lana fez de sua maior dor o seu ministério.

"Quando criança eu passei por algumas situações, fui abusada, entre outras coisas. Não fui [abusada] pelo meus pais, mas sim por 'amigos confiáveis'. Eu sei que foi aquele momento que abriu a porta para muita dor e vergonha e para muitas confusões e outras coisas na minha vida desde pequena", contou ela em entrevista para o programa 'Nova Talk', apresentado pelo pastor Maurício Fragale.

"Quando eu me senti limpa, pura e inteira, não me sentia daquele jeito desde criança, por causa do que aconteceu comigo. Então, prometi que nunca deixaria isso [traumas gerados pelo abuso] acontecer com uma criança de novo e que iria impedir de acontecer ou resgatar crianças daquela situação", acrescentou. "Eu sempre digo que é pessoal para mim. Não é só uma causa social que vi na TV. É pessoal para mim".

Lana é Missionária e fundadora da organização 'Life Impact International', que atua - entre outras nações - na Tailândia. O país está em primeiro lugar no mundo quando se fala em prostituição infantil. Bangkok está no topo do mundo nessa área, é muito famosa pelo turismo sexual com crianças, menores de idade.

"Chegou ao ponto de haver 800.000 crianças forçadas a se prostituirem só na Tailândia. Quando eu ouvi isso, sabia que tinha que fazer algo a respeito", destacou a missionário.

No início de seu ministério, Lana viajou dos Estados Unidos para a Tailândia, com o objetivo de implantar o projeto no país e voltar aos EUA. Mas os planos foram mudados. 

"Era para eu ter ficado na Tailândia por apenas dois meses e ajudar a organizar, a começar o trabalho. Mas 2 meses se tornaram 17 anos", contou ela.

Ainda no início de sua missão no país, ela se viu mãe de mais de 50 crianças, ao tentar resgatá-las do abuso sexual e da prostituição.

"Eu tinha apenas 24 anos e me tornei mãe de 52 crianças. Comecei com uma estratégia chamada 'Prevenir, Resgatar, Curar'. Prevenir a exploração infantil, o tráfico infantil, crianças forçadas a se prostituirem ou serem escravizadas", explicou.

A missionária alertou sobre a situação alarmante em que as crianças traficadas vivem na Tailândia.

"Na nossa fronteira, crianças são vendidas como escravas, primeiro para pedir esmolas nas ruas. [...] É o primeiro passo para 'treinar' essas crianças e o próximo passo é a exploração sexual. Esse passo é chamado de 'seasoning' [anestesiamento]. Você acaba com a vontade delas de fugir ou lutar. As crianças são dessensibilizadas e ensinadas a pensar que essa é a vida delas", disse ela. "Então, decidimos prevenir todas essas formas de exploração".

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