Países que perseguem a Igreja: como vivem os cristãos no Sudão

Os sudaneses que abandonam o islã para seguir a Cristo enfrentam isolamento, discriminação e ataques.

Fonte: Guiame, com informações de Portas AbertasAtualizado: segunda-feira, 29 de março de 2021 às 12:02
Em 2020, o Sudão passou a ser um Estado laico e os cristãos não enfrentarão mais pena de morte por abandonarem o islã.
Em 2020, o Sudão passou a ser um Estado laico e os cristãos não enfrentarão mais pena de morte por abandonarem o islã.

POPULAÇÃO: 43,5 milhões 
CRISTÃOS: 1,9 milhão 
RELIGIÃO: Islamismo e cristianismo 
GOVERNO: República presidencialista 
LÍDER: Em transição
POSIÇÃO: 13º na Lista Mundial da Perseguição

O Sudão é um país africano dividido pelo rio Nilo, onde quase um quinto da população vive abaixo da linha internacional de pobreza. Até 2011, era considerado o maior país da África e do Mundo Árabe, até o Sudão do Sul se separou, tornando-se independente. 

O sistema legal sudanês é baseado na lei islâmica, logo a religião predominante é o islamismo. A perseguição aos cristãos é uma realidade e aqueles que abandonam o islã para seguir a Cristo enfrentam isolamento, discriminação e ataques.

Em abril de 2019, o presidente Omar al-Bashir foi deposto. Em 2020, o país deu passos significativos em relação à liberdade religiosa e por conta disso não há mais pena de morte para as pessoas que deixam de ser muçulmanas. Depois de 30 anos, a lei islâmica foi abolida, mas as ações violentas não cessam da noite para o dia. 

Como os cristãos são perseguidos no Sudão

Ainda é melhor manter a fé cristã em segredo, caso os sudaneses não queiram ser atacados por grupos extremistas. Para manter a segurança da família, muitos nem criam seus filhos como cristãos, temendo a represália dos líderes comunitários. 

Em áreas como as Montanhas Nuba, existe um conflito contínuo e uma tensão entre as forças governamentais e os grupos rebeldes. Desde 2011, milhares de cristãos foram mortos nesses ataques, que muitos acreditam ser uma limpeza étnica de grupos minoritários, especialmente cristãos.

Mulheres e meninas cristãs, em especial, são frequentemente forçadas a se vestir como muçulmanas para evitar serem assediadas devido a “vestimentas indecentes”. As meninas são vulneráveis ao casamento forçado, abuso sexual e violência doméstica. Há pouca justiça legal para as vítimas de abuso sexual, e algumas mulheres que entraram com ações enfrentaram acusações de blasfêmia. 

Já os homens e meninos cristãos são vulneráveis a ataques físicos e assassinatos. Se forem mortos ou incapacitados, a família perde o provedor e também a segurança. Quanto aos pastores, são acusados de fazer “lavagem cerebral” na população. Há relatos de igrejas que foram incendiadas, destruídas e até demolidas.

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