Pregador de rua é preso na China por 'evangelismo ilegal'

O evangelista de rua foi preso na semana passada por falar sobre Jesus Cristo aos pedestres de forma considerada ilegal.

Fonte: Guiame, com informações do Christian PostAtualizado: segunda-feira, 10 de agosto de 2020 às 17:15
Chen Wensheng foi preso por evangelizar em público na China. (Foto: ChinaAid)
Chen Wensheng foi preso por evangelizar em público na China. (Foto: ChinaAid)

Um cristão foi condenado a 10 dias de prisão por cometer “evangelismo ilegal” nas ruas da China. A sentença contra Chen Wensheng foi emitida na última segunda-feira, 3 de agosto.

Wensheng faz parte da Igreja Xiaoqun em Hengyang, na província chinesa de Hunan. Ele frequentemente carrega uma cruz de madeira com as frases “glória ao nosso Salvador” e “arrependa-se e seja salvo pela fé” enquanto evangeliza os pedestres.

Não é a primeira vez que Chen é preso por causa de suas atividades evangelísticas. Em sua última detenção, por exemplo, sua cruz foi confiscada, mas ele sempre usa sua passagem na delegacia como oportunidade para pregar o Evangelho aos policiais.

Na China, o evangelismo é proibido fora dos locais autorizados pelo governo comunista. A organização International Christian Concern (ICC) relata que os evangelistas de rua enfrentam constante assédio ou detenção, enquanto suas igrejas sofrem ainda mais restrições pelas autoridades.

Em 2018, mais de 20 membros da Igreja Early Rain Covenant em Chengdu, uma das igrejas não registradas mais conhecidas da região, foram detidos por fazerem evangelismo e um culto ao ar livre em um parque da cidade.

Gina Goh, gerente regional do ICC para o Sudeste Asiático, disse que a Constituição da China permite que o governo faça suas próprias definições sobre o que se encaixa nas “atividades religiosas normais”, reprimindo ou até mesmo dissolvendo certas práticas religiosas.

Estudiosos estimam que há cerca de 100 milhões de cristãos na China. Devido ao crescimento do cristianismo no país, pode haver mais cristãos na China do que em qualquer outro lugar do mundo em 2030.

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