Terroristas decapitam três cristãos e queimam outro vivo, no Quênia

Os assassinatos foram seguem uma série de outros ataques mortais do grupo Al Shabab contra cristãos no Quênia.

Fonte: Guiame, com informações do Christian PostAtualizado: terça-feira, 22 de agosto de 2017 às 15:14
Terroristas do Al Shabab têm sua base principal na Somália, porém também estão perseguindo e matando cristãos no Quênia. (Foto: Tert.am)
Terroristas do Al Shabab têm sua base principal na Somália, porém também estão perseguindo e matando cristãos no Quênia. (Foto: Tert.am)

Os terroristas do Al Shabab mataram quatro homens cristãos no condado de Lamu, no Quênia na semana passada, decapitando três deles e queimando outro vivo.

"Ao final da noite, no dia 17 de agosto, militantes do al-Shabaab entraram na aldeia Maleli de Witu e mataram os quatro homens, três foram mortos com machados e outro foi queimado vivo, dentro de sua casa", informou a organização 'International Christian Concern' nesta segunda-feira.

"Os quatro homens que foram mortos são Stephen Hizano Ponda, Charo Karisa Ngoa, Naphtali Katana Kadenge e Joseph Gasena Ngoa", acrescentou o relatório.

As decapitações dos três homens também foram confirmadas por uma fonte policial à Reuters.

O grupo terrorista com base na Somália tem literalmente caçado e assassinado cristãos no Quênia. Os militantes extremistas também assassinaram sete cristãos em uma série de incursões mortais em julho.

O último ataque ocorreu quando Uhuru Kenyatta, presidente do Quênia, exortou as famílias a permanecerem nos campos de refugiados internos à medida que o exército tenta erradicar a ameaça terrorista na área.

Pastores evangélicos da região revelaram que as vítimas deixaram os campos para checar a situação de suas casas e plantações, apesar das advertências.

"Um dos nossos evangelistas, Stephen Nyati, perdeu seu filho no ataque e estamos entristecidos. Como comunidade cristã, condenamos o ato. Seu filho voltou às terras da família para checar a situação da fazenda, quando os militantes o arrancaram de sua casa e o mataram", contou um líder cristão.

"Pedimos à comunidade global para se lembrar de nós em suas orações e, se possível, envie-nos ajuda material, porque as pessoas nos campos precisam de comida, abrigo, água, remédios e sabão", acrescentou.

A chefe executiva de Witu, Nancy Macharia admitiu que há "desespero" nos campos, o que faz com que as pessoas retornarem às suas aldeias, apesar das ordens do governo.

"A operação da floresta Boni para exterminar o al-Shabaab está em andamento e vários terroristas deles foram mortos. Essa operação continuará até que todos os militantes que perturbam a paz dos moradores de Lamu sejam neutralizados. Continuamos a pedir às pessoas a permanecerem dentro dos campos até que novas ordens para retornarem às suas casas sejam dadas pela autoridade superior", disse Macharia.

A Associated Press informou em seu relatório sobre os últimos ataques, que o Al-Shabaab está começando a realizar decapitações com mais frequência, sendo que esta é uma tática que o grupo não usavam muito antes.

Os ataques aéreos dos EUA continuam em plena força contra os jihadistas somalis após a confirmação do líder Ali Mohamed Hussein, segundo a agência de notícias 'AllAfrica'.

O grupo terrorista repassou uma mensagem para a mídia local sobre o assassinato, chamando Hussein de "herói abatido".

O comando militar americano da África saudou a operação, explicando que ela "perturba a capacidade do Al-Shabaab de planejar e conduzir ataques, além de abalar as possiblidades de coordenar os esforços entre os comandantes regionais de Al-Shabaab".

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