Depois de matar 150 estudantes cristãos, facção Al Shabab promete lealdade ao Estado Islâmico

Al Shabab tomou as manchetes internacionais em abril de 2015, quando assassinou 152 pessoas — a maioria estudantes cristãos — em um ataque a Universidade de Garissa, no Quênia.

Fonte: Guiame, com informações de The Christian PostAtualizado: segunda-feira, 26 de outubro de 2015 às 19:26
O grupo terrorista somali continuou em confronto com a União Africana e tropas reginais durante todo o ano. (Foto: CFR)
O grupo terrorista somali continuou em confronto com a União Africana e tropas reginais durante todo o ano. (Foto: CFR)
O líder espiritual e chefe do grupo militante Al Shabab na Somália, que no início deste ano massacrou cerca de 150 estudantes cristãos, prometeu lealdade ao grupo terrorista Estado Islâmico no Iraque e na Síria.

"Nós, os mujahideen da Somália, declaramos fidelidade ao califa como Ibrahim ibn Awad ibn Ibrahim al-Awad al-Qurashi," disse Abdiqadir Mumin em uma fita de áudio, de acordo com Reuters. Mumin é comandante da Al-Shabaab na região de Puntland, na Somália.

A CNN destacou que o movimento rompe ainda mais o Al Shabab, já que a maioria de seus líderes restantes são leais a Al Qaeda. No entanto, uma fonte próxima ao grupo somali garantiu que a ligação com a Al Qaeda permanecerá por pouco tempo.
 
"Moralmente, eu vejo o EI como um grupo sanguinário, tirano e desviante", disse a fonte. "Eu não sei por que eu me juntaria a eles. O EI não pode nos levar pelo armamento pesado ou para preencher nossas fileiras com os homens e conhecimentos devido a questões geográficas. A única coisa que temos a ganhar nos juntando a eles é a dinâmica."

A Al Qaeda permanece na condição de rival do Estado Islâmico, apesar de compartilhar a mesma oposição contra o mundo ocidental. O grande ponto de discórdia entre os grupos tem sido os ataques causados pelo EI e a conquista de um grande número de cidades na Síria, que vão contra os desejos da Al Qaeda.

O EI já se aliou a outros grupos terroristas, entre eles se incluem os militantes nigerianos do Boko Haram. Outras facções de todo o Oriente Médio, Afeganistão, Paquistão e África do Norte também declararam lealdade à bandeira da jihad.
 
Cristãos: O Alvo

Al Shabab tomou as manchetes internacionais em abril de 2015, quando assassinou 152 pessoas — a maioria estudantes cristãos — em um ataque a Universidade de Garissa, no Quênia.
 
O tiroteio foi realizado por quatro homens do grupo, que separavam, intencionalmente, os estudantes cristãos dos muçulmanos, antes de matar os cristãos.

O grupo terrorista somali continuou em confronto com a União Africana e tropas reginais durante todo o ano. No mês do Ramadã, considerado sagrado pelos islâmicos, anunciaram promessas de assassinar os "não-crentes".

"Estamos planejando para dar a quenianos não-crentes o verdadeiro sabor da Jihad (guerra santa) nos próximos dias e semanas", disse um alto comandante da Al Shabab, em junho.

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