Terroristas separaram cristãos de muçulmanos e cortaram suas gargantas, em setembro, em Moçambique.
De acordo com a Ajuda à Igreja que Sofre (ACN), organização cristã que apoia os cristãos perseguidos, no dia 5 de setembro, extremistas disfarçados com uniformes militares reuniram a população da província de Nampula. Eles separaram os cristãos dos muçulmanos e os assassinaram brutalmente.
“Isso nos foi dito por um dos irmãos de uma das vítimas. Ele disse que os terroristas estavam vestidos com uniforme militar, reuniram a população e disseram que era porque estavam aqui para salvá-los”, relatou o bispo local Alberto Vera Aréjula, à ACN.
“Quando todos estavam reunidos, começaram a perguntar quem era muçulmano e quem era cristão. Aqueles que se identificaram como cristãos, tiveram as mãos amarradas atrás das costas e suas gargantas cortadas. Um cristão conseguiu fugir e foi ele quem contou a história”.
Segundo o bispo, no dia seguinte, terroristas atacaram uma missão católica em Chipene e mataram a tiros a freira Irmã Maria de Coppi. Os extremistas também incendiaram a igreja e um centro de saúde da missão.
“Eu a conhecia, e ela era a imagem de uma mãe, estava realmente ajudando a todos com simples amor e humildade. E vamos abrir um processo para determinar se ela foi martirizada”, afirmou Alberto.
O líder disse que a freira ajudava crianças desnutridas em um pequeno quarto, onde havia leite e farinha.
“A Irmã que eles assassinaram trabalhava com bebês e crianças desnutridas, eles estão nos dizendo muito claramente que não nos querem lá”, afirmou.
Os terroristas que perseguem cristãos em Nacala são, em sua maioria, islâmicos fundamentalistas estrangeiros, conforme o bispo Alberto.
E concluiu: “Por enquanto, não voltaremos lá, mas trabalharemos com a missão de outra forma”.
Perseguição a cristãos em Moçambique
O país é o 41º na Lista Mundial da Perseguição 2022, que classifica os 50 países em que os cristãos são mais perseguidos.
Para os cristãos em Moçambique, a opressão islâmica é a forma mais comum de perseguição. De acordo com um parceiro da Portas Abertas, os ataques islâmicos radicais eliminaram a vida de muitos seguidores de Jesus.
A brutalidade dos jihadistas aumentou e um dos grupos extremistas tem ligações com o Estado Islâmico. Outro problema é a presença de cartéis de drogas em algumas áreas, que torna a vida dos cristãos que trabalham com jovens mais difícil.
Por meio de treinamento e capacitação econômica, a Portas Abertas concentra-se no auxílio emergencial aos cristãos afetados pelo aumento da violência no Norte de Moçambique.
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