Adolescente presa por engravidar após abuso sexual encontra Jesus na prisão

A ex-muçulmana foi considerada culpada mesmo sendo a vítima e penalizada com chicotadas antes de ser presa.

Fonte: Guiame, com informações de Portas AbertasAtualizado: terça-feira, 19 de abril de 2022 às 18:21
Muçulmanas que se convertem ao cristianismo são perseguidas pela própria família. (Foto representativa: Portas Abertas)
Muçulmanas que se convertem ao cristianismo são perseguidas pela própria família. (Foto representativa: Portas Abertas)

Desde pequena, Dhea — nome fictício por razões de segurança — foi ensinada a agradar a Alá. Ela cresceu numa família muçulmana do Sudeste Asiático e não sabia que existiam outras religiões além do islamismo. 

Ela seguia todas as regras do Alcorão e obedecia seus líderes religiosos. Porém, aos 15 anos, descobriu que toda sua dedicação foi em vão. Dhea foi abusada sexualmente e ficou grávida.

Infelizmente, de acordo com a cultura local e religiosa, foi considerada culpada pelo que aconteceu, pois estava grávida de um homem que, apesar de ter abusado dela, é considerado influente na comunidade. 

Injustiça e oportunidade

Dhea foi penalizada com chicotadas e dois anos de prisão, ficando exilada em uma região distante no país. A jovem, que antes era admirada pela devoção ao islã, tornou-se a “vergonha da família” e passou a ser hostilizada pela sociedade. 

Na prisão, foi contaminada por malária e precisou ser levada ao hospital. Lá  conheceu um cristão que estava de passagem pelo país. Quando voltou para a prisão, ela recebeu uma Bíblia dele. 

A princípio, ela teve medo de ser pega com o livro sagrado do cristianismo, pois poderia ser castigada por isso. Planejando queimar a Bíblia, antes ela teve curiosidade de saber porque era um livro “tão perigoso”. 

Então, Dhea decidiu ler algumas páginas e ficou impactada. A leitura bíblica passou a acontecer diariamente. Se não fosse a prisão, provavelmente, ela não teria essa oportunidade.

“Entendi que Jesus é meu Salvador”

“Li coisas que nunca tinha ouvido antes, sobre um Deus amoroso e perdoador. Então, entendi que o Senhor Jesus é meu Salvador, ele é meu Deus”, reconheceu. 

Após sair da prisão, depois de cumprir a pena por um crime que ela nunca cometeu, Dhea voltou para casa e contou sobre seu encontro com Jesus através do “livro proibido”.  Além de ser totalmente reprovada pelos pais, perdeu o direito à herança.

Mais uma vez, ela foi questionada pela polícia, mas agora por ter se tornado cristã num país onde prevalece a religião islâmica. E Dhea foi presa mais uma vez. Quando cumpriu sua segunda pena, sem ter cometido crime algum, Dhea decidiu ir embora do país.

Vida nova

Com o apoio de outros cristãos — sua nova família na fé — Dhea começou a trabalhar e estudar. Ela também recebeu o apoio da Portas Abertas e passou a exercer um “ministério de hospitalidade”. 

Ela passou a receber pessoas em sua casa que precisavam de todo tipo de ajuda. “Elas podem vir aqui para receber ajuda de qualquer tipo, seja para uma infecção na garganta ou até para tratamentos de câncer”,compartilhou.

“Eu abro minha casa para desconhecidos, ofereço comida de graça e eles sabem que sou uma seguidora de Jesus. Eu os trato como minha própria família”, concluiu. 

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