Austrália dá preferência a refugiados cristãos em vez de muçulmanos: "Correm mais riscos"

Segundo dados da Austrália, 78% dos refugiados da Síria e do Iraque se identificam como cristãos no país.

Fonte: Guiame, com informações do Christian TodayAtualizado: quinta-feira, 4 de maio de 2017 às 20:03
O relatório sugere que o governo australiano está confortável com a situação. (Foto: Reuters).
O relatório sugere que o governo australiano está confortável com a situação. (Foto: Reuters).

A Austrália está favorecendo os refugiados cristãos em relação aos muçulmanos, de acordo com dados obtidos pelo New York Times. Assim como outros países ocidentais, a Austrália está recebendo um número bom de refugiados da Síria e do Iraque. Mas ao contrário dos outros, parece estar oferecendo melhores chances para os cristãos.

Os dados obtidos através da lei da liberdade de informação da Austrália mostram que 78% dos aproximadamente 18.563 refugiados da Síria e do Iraque, entre 1 de julho de 2015 e 6 de janeiro deste ano, se identificaram como cristãos. Esta é uma proporção muito maior do que o esperado, com base nos grupos relativos (cristãos e muçulmanos) da região.

O relatório continua a sugerir que o governo australiano está confortável com a situação. "O governo conservador da Austrália nunca negou que a religião é um fator importante na escolha de quem será recebido", diz. "O favoritismo é justificado pela afirmação de que os cristãos correm mais riscos nas mãos do Estado islâmico e de outros grupos que cometem assassinatos".

Integração

O relatório sugere que a política está sendo conduzida pela crença de que os cristãos são mais propensos a se integrar na cultura anglo-cristã da Austrália do que os muçulmanos. Tem havido apelos para que o governo britânico adote uma abordagem que favoreça os cristãos, mas isso não foi implementado.

Nos Estados Unidos, o presidente Trump insinuou que os cristãos seriam favorecidos no processo para decidir quem aceitar no país. No entanto, essa ideia foi denunciada por um grupo de líderes religiosos.

No Iraque, apenas sete famílias permanecem na região que já foi a maior cidade cristã do país. A informação é do evangelista Franklin Graham que visitou o local durante a páscoa. "Ontem nós fomos para a cidade de Qaraqosh, no Iraque, que costumava ser o lar de cerca de 50 mil cristãos", escreveu em um post do Facebook.

"Eles foram forçados a fugir para salvar suas vidas em 2014. Agora apenas cerca de 7 famílias permanecem na região", concluiu.

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