Como as marcas impulsionam a agenda gay e afetam cristãos por ‘opiniões políticas erradas’

Marcas famosas passaram a defender interesses políticos liberais através de campanhas publicitárias.

Fonte: Guiame, com informações de CBN NewsAtualizado: quarta-feira, 2 de junho de 2021 às 14:49
Vitrine de uma loja de roupas em 4 de julho de 2018, antes do evento “Pride London”. (Foto: Leon Neal/Getty Images)
Vitrine de uma loja de roupas em 4 de julho de 2018, antes do evento “Pride London”. (Foto: Leon Neal/Getty Images)

Agora, em vez de apenas lançar seus produtos, as empresas estão defendendo causas políticas liberais. Será que isso pode afetar negativamente os cristãos? De acordo com um artigo da CBN News, a resposta é sim. Porque as empresas estão se envolvendo até em causas políticas.

Fabricantes de xampu como a Pantene, dos Estados Unidos, fez uma campanha publicitária exibindo duas “mães” lésbicas ajudando um menino a se transformar numa garota. 

No Dia dos Pais, a Dove mostrou um casal gay [dois homens] se emocionando ao ver o “filho” no berçário. A agenda gay agora tem o apoio da Oreo, através do “biscoito do orgulho gay”. 

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Lançamento do “biscoito do orgulho gay” da Oreo, nos Estados Unidos. (Foto: Divulgação/Oreo)

As corporações estão dizendo a você “como pensar”

Profissionais de diversas áreas estão sendo atacados por expressarem suas opiniões e crenças. Na sociedade atual, as pessoas que expressam as “opiniões erradas” estão sendo duramente punidas. 

Um confeiteiro cristão que se recusou a fazer um bolo transgênero foi processado, acusado de discriminação e teve sua “liberdade de expressão de arte” agredida. 

Um fotógrafo que optou por não trabalhar num casamento entre pessoas do mesmo sexo, agora enfrenta uma batalha judicial que o coloca diante de uma escolha difícil: violar a lei e arriscar a falência, promover opiniões contra sua fé ou encerrar as atividades.

E um educador que foi afastado de seu trabalho simplesmente por se recusar a afirmar que “um menino biológico pode ser uma menina e vice-versa”. O professor expressou sua oposição às políticas de gênero da escola e foi punido por isso.

O que está acontecendo?

A sociedade está mudando e, por trás dela, há interesses políticos e grandes empresas que os impulsionam. As marcas famosas estão “pegando carona” com os movimentos atuais para “vender mais”. A estratégia de marketing conhecida por “woke” (que significa acordado ou desperto) tenta mostrar que se preocupa com questões sociais. 

Stephen Soukup, autor do livro “A Ditadura do Capitalismo Woke: como o politicamente correto conquistou grandes negócios”, diz que a América corporativa acredita que você precisa ser “treinado” para pensar corretamente sobre questões sociais.

"Essa é uma continuação de uma tendência na história americana, de uma classe dominante de elite que acredita que sabe mais. E que está cuidando dos pobres e estúpidos americanos que não entendem do que realmente precisam, querem e o que é melhor para eles", disse Soukup. 

Depois que a Liga Principal de Beisebol retirou o jogo All-Star de Atlanta para punir a Geórgia por sua nova lei de integridade eleitoral e, em seguida, mais de 120 CEOs e líderes empresariais realizaram uma teleconferência para discutir a punição de outros estados, o líder da minoria no Senado, Mitch McConnell, alertou a América corporativa para “fique fora da política”.

Preocupação social como estratégia de marketing

O ativismo da marca é o envolvimento das empresas na conversa política. Isso quer dizer que, na verdade, as marcas não revelam mais o que elas próprias representam para os consumidores. 

Existem vários graus de ativismo de marca medindo quanto impacto ela tem e quão alinhada está com as questões sociais. Daí o conceito de marketing “woke”, ou seja, indicando se as empresas estão “acordadas” para a realidade. 

Mas essa “apropriação” de valores éticos e progressistas como forma de propaganda tem ajudado a impulsionar certas agendas, além, é claro, de gerar muito mais lucro. E essa é uma tendência que pode alterar a consciência social.

O senador republicano Rand Paul pediu um boicote conservador às empresas, dizendo que são hipócritas por fazerem negócios na China, que usa trabalho escravo muçulmano e persegue dissidentes pró-democracia.

"Eles estão boicotando uma lei estadual da Geórgia e ainda assim fazem negócios com a China. A China nunca viu uma eleição livre. A China agora está colocando pessoas na prisão por mais de um ano por violações de discurso", disse Paul à Fox News.

Defesa dos conservadores

A American Conservative Union ameaçou retaliar as empresas que defendem agendas liberais, e Soukup fundou uma nova coalizão de grupos conservadores chamada Stop Corporate Tyranny.

Entre as discussões levantou-se uma dúvida: por que as corporações estão dispostas a assumir posições políticas que podem custar-lhes negócios? Porque muitas empresas claramente não acreditam que isso aconteça. 

Até mesmo algumas das maiores empresas de gestão de ativos do mundo estão agindo "acordadas". No site do Black Rock, o CEO Larry Fink está exortando as empresas a adotarem modelos de negócios "sustentáveis" que combatam as mudanças climáticas. 

E essas empresas têm enorme influência na economia dos EUA em virtude de todas as ações que possuem em empresas americanas. As empresas também começaram a treinar seus funcionários no que chama de inclusão e diversidade. 

Go Woke-Go Broke? (Quem lacra, não lucra)

A frase “Go Woke-Go Broke?”, traduzida para “quem lacra não lucra”, aponta para uma realidade das corporações americanas, quando centenas de empresas assinaram uma declaração contra as leis de integridade eleitoral.

A Delta Airlines e a Coca-Cola estavam fora da lista, ameaçadas de boicote ou punição de legisladores por seus hábitos quando “acordaram”. Soukup acredita que as forças do mercado vão acabar com o movimento “woke” na América corporativa. 

Como tudo isso pode levar à perseguição de cristãos?

O jornalista Rod Dreher, autor do livro “Não Viva por uma Mentira: um manual para cristãos que discordam”, adverte que a América está caminhando para o totalitarismo.

Ele acredita que o movimento das corporações não será combatido facilmente e que essa intolerância dos progressistas, juntamente com a decadência cultural, pode ameaçar a liberdade dos cristãos.

Além disso, o jornalista aponta para um novo sistema de crédito social, como o da China, algo que se parece muito com a “marca da besta”, citada no livro de Apocalipse. 

“Não é paranoia. O sistema já está punindo as pessoas por terem ‘opiniões políticas erradas’. Essas coisas estão sendo comentadas agora no Vale do Silício como algo bom para os Estados Unidos”, revelou. 

Ele explica que os grupos de esquerda estão pressionando as empresas de cartão de crédito e pagamento online para “banir os conservadores”. Dreher é mais específico: “Corporações como Walmart, Apple e outras que são ainda mais ricas e poderosas”. 

“Por acreditarem que estão lutando pela virtude, vão usar o poder que possuem dentro das corporações para perseguir a igreja”, continuou. “As pessoas acham que sou radical por dizer esse tipo de coisa, mas estou lhe dizendo, esse dia está chegando”, concluiu Dreher. 

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