O mundo inteiro celebra nesta sexta-feira (8) o Dia Internacional da Mulher, que surgiu no final do século XIX com a luta por melhores condições de vida e trabalho e direito de voto às mulheres.
Muitas mulheres também se tornaram ícones no âmbito cristão, contribuindo para as obras evangelísticas, sociais e missionárias. Inspire-se na vida de oito mulheres notáveis na história da Igreja:
Susanna Wesley
Susanna Wesley, mãe dos fundadores do Metodismo, John e Charles Wesley. (Foto: Domínio Público)
Susanna Wesley era esposa de um pastor anglicano e mãe dos irmãos Charles e John Charles Wesley, que fundaram o influente movimento metodista do século XVIII.
Ela é conhecida como a “Mãe do Metodismo” porque, mesmo não sendo oficialmente parte do ministério, Susanna teve uma forte influência nos hábitos espirituais dos irmãos Wesley.
O Rev. Alfred T. Day III, da Comissão Geral de Arquivos e História da Igreja Metodista Unida, afirmou em 2016 que Susanna fez “uma grande diferença na criação” dos rapazes.
“John e Charles são filhos da mãe deles. Ela é a pessoa responsável pela sua educação e formação espiritual”, explicou Day. “A diferença que ela fez está viva desde a história dos séculos 17 e 18 até o presente momento, por causa dos filhos que ela criou”.
Fanny Crosby
A famosa escritora de hinos Fanny Crosby, cega desde a infância. (Foto: Domínio Público)
Frances Jane Crosby, nascida em 1820 e mais conhecida como Fanny Crosby, perdeu a visão quando era criança devido a uma infecção e maus-tratos médicos.
No entanto, Crosby não deixou que essa deficiência a impedisse de ser uma prolífica escritora de hinos, tendo criado mais de 8 mil músicas.
Crosby foi a mente por trás de muitos hinos que ainda estão em uso, como “A Deus demos glória”, “Quero estar ao pé da cruz”, “Junto a Ti” e “Quero o Salvador comigo”.
Além de ser uma hinista, ela também foi uma autora de poesias, com seu primeiro trabalho publicado “Uma garota cega e outros poemas”, lançado em 1844.
Catherine Booth
Catherine Booth, co-fundadora do Exército da Salvação. (Foto: Domínio Público)
Junto com seu marido, William, Catherine Booth ajudou a fundar o Exército da Salvação em 1865 em Londres, na Inglaterra. Originalmente chamado de Missão Cristã, o Exército era conhecido por seus esforços de caridade nos bairros mais oprimidos da cidade.
Catherine era ativa no movimento desde jovem, liderando uma turma da Escola Dominical e tendo a reputação de ser uma pregadora apaixonada.
“Oposição! É um mau sinal para o cristianismo nestes dias que provocamos tão pouca oposição. Se não houvesse outra evidência de estar errado, eu deveria saber disso”, ela declarou em um de seus sermões.
“Quando a Igreja e o mundo puderem caminhar juntas confortavelmente, você pode ter certeza de que há algo errado. O mundo não mudou. Seu espírito é exatamente o mesmo de sempre e, se os cristãos fossem igualmente fiéis, devotos ao Senhor e separados do mundo, vivendo para que suas vidas seja uma reprovação da impiedade, o mundo os odiaria como nunca”.
Lottie Moon
Lottie Moon, uma influente missionária da Igreja Batista do Sul. (Foto: Wikimedia Commons)
Nascida em Virgínia, nos Estados Unidos, Lottie Moon foi um notável evangelista batista que, a partir de 1873, serviu quase quatro décadas como missionário na China.
Acredita-se que Moon tenha influenciado a forma como o trabalho missionário no exterior é feito, de acordo com o Conselho de Missão Internacional da Convenção Batista do Sul.
“Ela foi uma heroína para muitos por sua disposição em deixar o relativo conforto, a posição social e uma família amorosa nos Estados Unidos para viver uma vida de desconforto e luta perpétua”, observou o blog Ethics and Culture em 2015.
“Sua fiel carta escrita para angariar fundos para todos os missionários batistas fez com que ela se tornasse o homônimo da oferta que é feita anualmente na Convenção Batista do Sul. Por causa de sua fidelidade, seu nome se tornou um ponto de união para as Missões Batista do Sul”, acrescentou.
Sojourner Truth
A abolicionista americana Sojourner Truth, uma ex-escrava que defendia a emancipação. (Foto: Hulton Archive/Getty Images)
Nascida como escrava em Nova York, Sojourner Truth escapou com sua filha recém- nascida e se tornou uma ativista abolicionista e defensora dos direitos das mulheres. Ela é mais conhecida por seu discurso sobre as desigualdades raciais intitulado “Não sou uma mulher?”, que foi feito na Convenção dos Direitos das Mulheres de Ohio em 1851.
Em 1843, Isabella teve uma experiência de mudança de vida . Ela sentiu o chamado de Deus para adotar o nome “Sojourner” e viajar pelos Estados Unidos pregando o Evangelho e seu testemunho.
Quando ouviram essa notícia, seus filhos ficaram horrorizados. Como uma ex-escrava pobre e analfabeta poderia sobreviver como uma pregadora itinerante? As mulheres não podiam falar publicamente nessa época, além de ela ser uma ex-escrava. Sojourner assegurou a sua família que se o chamado fosse realmente de Deus, Ele a protegeria.
Corrie ten Boom
A holandesa Corrie ten Boom ajudou a salvar muitos judeus durante a II Guerra Mundial. (Foto: Fundação Corrie Ten Boom House)
Quando os nazistas invadiram a Holanda, Corrie ten Boom e sua família começaram a esconder judeus em sua casa na esperança de salvá-los dos campos de concentração. Quando o que eles estavam fazendo foi descoberto, ela foi enviada para um campo de trabalho forçado de mulheres, onde sofreu experiências horríveis nas mãos da polícia secreta da Alemanha nazista. Mais tarde, essas experiências levaram a um ministério mundial em mais de 60 países, onde ela pregou sobre o perdão e o amor de Cristo.
Lilias Trotter
Lilias Trotter deixou suas riquezas para pregar aos muçulmanos. (Foto: Reprodução/Lilias Trotter Website)
Desafiando todos os tabus e restrições que impediam as mulheres europeias de entrar no Oriente Médio, Lilias Trotter deixou suas riquezas para pregar o Evangelho aos muçulmanos na Argélia.
De acordo com o Centro Lilias Trotter, ela “viajou por semanas ao deserto para se encontrar com aqueles que não conheciam Jesus e levou Sua luz a cada passo do caminho. Sua perspicácia teológica e intelectual é um desafio para nós hoje”.
“Lilias também expressou seu amor por Deus e Sua criação através da beleza de suas obras de arte. Sua arte e sua vida espiritual estavam entrelaçadas, enquanto usava seus lápis, canetas e tintas para capturar impressões das pessoas e lugares que visitava”, acrescentou a organização.
Harriet Tubman
A ativista Harriet Tubman foi uma abolicionista durante a Guerra Civil Americana. (Foto: Reuters/Biblioteca do Congresso dos EUA)
Apelidada de “Moisés” por seus esforços para levar os escravos à liberdade, a abolicionista Harriet Tubman lutou contra a escravidão antes e durante a Guerra Civil Americana.
Tubman era membro da Igreja Episcopal Metodista Africana e alegou ter tido visões de Deus que ajudaram seus esforços anti-escravidão.
“Ela atribuiu seu senso de proteção à esses poderes sobrenaturais”, disse o Dr. Arthur Jones, da Universidade de Denver, em entrevista ao 9 News em 2015.
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