‘Conheci Jesus quando estava no esoterismo’, diz Pr. Antônio Júnior

Em entrevista ao podcast “Positivamente”, pastor fala sobre seu envolvimento com espiritismo, e como conheceu Jesus.

Fonte: Guiame, Adriana BernardoAtualizado: sexta-feira, 14 de janeiro de 2022 às 14:12
Antônio Júnior participa do podcast Positivamente. (Print da tela YouTube Positivamente)
Antônio Júnior participa do podcast Positivamente. (Print da tela YouTube Positivamente)

Um dos maiores expoentes da Internet, o Pr. Antônio Júnior foi entrevistado pela apresentadora do podcast Positivamente, Karina Bacchi, quando ele contou, durante duas horas e meia, parte de sua trajetória.

Dentre as revelações, o pastor disse que, desde criança, transitou pelo catolicismo e espiritismo. “Minha família era católica, mas frequentava centro espírita, o que é muito comum no Brasil. Mas eu não era muito ligado a religião”.

Ele diz que suas primeiras lembranças de um encontro com Deus foram por volta dos 12 anos, quando subiu em uma montanha e, lá de cima, começou a pensar: “Deve ter Deus que criou tudo isso”. Em seguida, fez uma oração: “Deus, se o Senhor existe, eu quero te conhecer”.

Outra experiência que ele relatou, vivida ainda na infância, foi na casa de um tio, de madrugada e enquanto todos dormiam. “Eu perdi o sono e fui falar com Deus. Eu senti uma paz tão forte, mas não tive coragem de contar para os outros. Guardei para mim.”

Esoterismo

Depois disso, vieram as rebeldias da adolescência. “Eu não sabia, mas tinha um vazio muito grande e queria preencher. Fui para o mundão. Comecei a beber muito cedo, fumava. Coisa de moleque, que queria experimentar as coisas do mundo”, diz.

Ele conta que era muito fechado, tinha um jeito misterioso, e até seus amigos tinham um pouco de medo dele. “Eu fui puxando para esse lado mais obscuro, até que comecei a ir ao centro espírita junto com minha família e percebi que a vida não é só o que a gente vê, tem algo além”.

Com o desejo de saber qual o sentido da vida, Antônio começou a ler livros e a buscar seu propósito no esoterismo. “Eu gostava muito de estudar [esse assunto]. Via exemplo de pessoas que tinham poderes”, lembra.

Ele diz que começou a perceber que sua família tinha experiências com o mundo espiritual. “Minha irmã era espírita e psicografava”, lembra, contando que hoje ela está convertida. “É uma bênção”.

Ele diz que, pessoalmente, não tinha esse tipo de experiência, mas que queria muito. “Eu me lembro que lá em casa, quando chegava de noite, ficava caindo umas pedrinhas no telhado. Era espiritual, porque não tinha explicação. Era todo dia. Eu pensava: deve ser gnomo, deve ser é bruxo, mago... eu gostava muito desses assuntos”.

Estilo hippie

Antônio conta que um dia, um mendigo foi pedir comida em sua casa, e ele sentiu um grande amor e compaixão por aquele homem. “Peguei um monte de coisa na despensa e pensei: eu vou viver para ajudar as pessoas. Eu quero sair desse sistema, desse padrão, viver mais livre, e decidi, um dia eu quero ser hippie, porque eu já gostava de esoterismo”.

Ele diz que o tempo passou, e embora ele não soubesse, aquele jeito de pensar já estava relacionado ao seu chamado. Antônio diz que muitas pessoas querem entender o seu chamado, qual a missão que Deus tem para elas, mas ignoram esses sinais que surgem.

Vazio na alma

Depois de enveredar para a música, entrou para uma banda de rock, e lançou um CD. Deu certo, mas o vazio ainda continuava. “Eu fiz uma oração. Pedi: Deus me arruma uma namorada”. Logo começou a namorar uma moça que frequentava a umbanda.

“Chegamos um dia no centro, e eu fiquei um pouco assustado, porque eu vi o mundo espiritual ali se materializando. Uma entidade se manifestou e veio conversar com a gente. Só falou coisa boa, acertou tudo na nossa vida. Eu fiquei impressionado, e aquilo me despertou muito a querer buscar o espiritual”, contou.

Ele diz que na semana seguinte, virou um inferno em sua minha vida, tudo começou a dar errado. “Uma nuvem escura parece que estava sobre a minha cabeça. Havia pensamento de morte. Eu cheguei até a escrever uma carta me despedindo”, contou.

‘Não é de Deus’

Depois disso, foi para casa para chamar o espírito que disse a ele, que o ajudaria quando precisasse. “Quando eu fui chamar, alguma coisa, não sei explicar, falou comigo: Não faz isso porque não é de Deus!”.

Antonio diz que nunca tinha lido a Bíblia, nem feito oração, como faz hoje. Então decidiu não invocar o espírito, mas a namorada sim. “Ela me ligou e disse que precisava conversar urgente. Eu cheguei lá, e ela disse que infelizmente não daria para continuarmos. Eu saí de lá e fui embora de bicicleta”.

Ele conta que se lembrou de Deus, e orou agradecendo pela namorada, pela resposta da oração feita há 1 ano quando pediu uma namorada. “Aí eu ouvi a voz de Deus. Ele disse: meu filho, você tem muito valor para mim. E você ainda vai ver a grande obra que eu vou fazer na sua vida”.

“Eu ouvi nitidamente. É inexplicável, eu chorei tanto. Eu vi como uma prova de Deus porque eu não chorava, eu tinha o coração muito fechado”, disse.

Antônio falou que sabia que era o Deus criador que tinha falado com ele.

Baladas e drogas

Após ser criticado por ter contado sua experiência com Deus, ele diz que “o inimigo” começou a usar os amigos para levá-lo de volta para as baladas, e ele acabou se esquecendo daquela experiência.

Depois de ter passado mal, Antônio decidiu: “Não vou mais mexer com bebidas com drogas. Eu mexia com maconha”. Ele conta que esse seu testemunho tem ajudado muitas pessoas, que veem em Jesus o caminho para a libertação.

Ele disse ainda que tinha hábitos que tem vergonha de falar, como o de fazer pequenos furtos, mesmo não precisando. “Era um vazio que eu tinha”, conta. Após ser pego furtando um anel em uma feira, Antônio disse que não faria mais aquilo. “Foi como se Deus estivesse me tirando das coisas erradas”.

Antônio conta ainda que costumava pichar muros, mas após saber que o delegado estava pensando em “bater” em quem fazia aquilo, também decidiu parar. De novo, “Deus foi me tirando coisas erradas”, afirma.

Por fim, ele começou a perceber mudanças que o deixaram “careta”, pois havia deixado de fazer as coisas erradas. Nesse meio tempo, Antônio decidiu ir para a casa do primo assim que tirasse carta de motorista.

Primo convertido

“Quando eu cheguei lá, eu tomei um susto porque o meu primo havia se convertido”, conta Antônio. “Eu tive um choque. Ele estava lendo a Bíblia e ouvindo uma banda de rock, o Resgate. Eu tive uma sensação de nojo. Eu falei para ele, cara, você vai virar pastor desse jeito. Larga mão disso.”

Antônio o estimulou a sair daquilo, mas o primo contou que Jesus havia mudado sua vida. “Eu fiquei muito encucado com aquilo e tomei a decisão de, no dia seguinte, saber o que estava acontecendo”.

Ouvindo sobre Jesus

Ele achou que o primo havia sofrido uma lavagem cerebral. O rapaz contou para Antônio sobre a criação do mundo, falou sobre as religiões, que é um meio que o homem tenta para alcançar a Deus, mas o Evangelho é o contrário, é Deus indo atrás do homem.

“Eu fiquei impressionado com aquilo, porque eu com 18 anos nunca ouvi alguém falar de Deus, da Bíblia, daquele jeito. Eu fiquei impressionado com aquele jeito simples de explicar que Jesus veio, morreu pelos mus pecadores e ressuscitou”, diz.

Algum tempo depois, em outra conversa com o primo, Antônio conta que questionava sobre suas crenças espíritas – porque ele acreditava em reencarnação e outros ensinamentos esotéricos –, e o primo respondia com ass verdades bíblicas.

Antônio conta que ouviu do primo que se ele não se arrependesse de seus pecados, apesar de ter um bom coração, não iria para o céu quando morresse. “Aquela notícia ruim”, ele diz, “foi fundamental”.

Junto com outro primo, acabou indo a uma igreja. Sem contar para ninguém foi frequentando os cultos. Sua conversão se deu uma vigília. “Ali aconteceu o encontro que Deus marcou comigo”.

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