Culto no monte: cristãos louvam e fazem oração ao ar livre no litoral do Maranhão

Tudo começou em 2016 quando três pastores foram ao local para orar pela restauração no casamento na família de uma pessoa da igreja.

Fonte: Guiame, com informações do ImparcialAtualizado: terça-feira, 2 de março de 2021 às 17:40
Culto de oração às segundas-feiras na Avenida Litorânea, em São Luís do Maranhão. (Foto: Reprodução / Imparcial)
Culto de oração às segundas-feiras na Avenida Litorânea, em São Luís do Maranhão. (Foto: Reprodução / Imparcial)

Há cinco anos, Gilvan Souza, que é pastor da Igreja Pentecostal Bom Samaritano (Parque Vitória) e terapeuta familiar, deu início a uma reunião de oração nas proximidades da Casa das Dunas, em São Luis do Maranhão, com o objetivo interceder pelo casamento de um amigo.

Tudo começou em 2016 quando junto com três pastores, foi ao local para orar pela família de uma pessoa da igreja, para que a paz se restabelecesse no casamento. Depois disso, decidiram que iriam continuar com o trabalho de oração no mesmo lugar. O culto cresceu e já chegou a reunir 150 pessoas em uma única noite.

“Não fomos com intenção de fazer culto, mas depois disso Deus me deu a luz e falou ao meu coração para fazer um culto do monte para orar por todos os líderes religiosos, independentemente de ser evangélico ou católico, e orar também por todas as autoridades do executivo, legislativo, judiciário, de São Luís, do Maranhão e do Brasil”, relata o pastor.

Ele conta que a partir de então, pessoas de diversos lugares começaram a chegar para orar. “Embora eu seja pastor de uma igreja, lá não tem placa de igreja, então ficou sendo chamado de Culto do Monte”, disse.

Um grupo grande de pessoas pode ser visto todas as segundas-feiras, desde quando os pastores Gilvan Souza, Ribamar Rocha e Ronilson Muniz começaram a realizar o Culto do Monte.

Segundo o pastor, eles levam a caixa de som, e oram pelos casamentos, por pessoas que vão em busca de oração pelos mais diversos motivos e ouvem muitos testemunhos.

“O Culto do Monte é um culto de proteção interdenominacional. Todo mundo conhece esse culto, então vários tipos de pessoas vão. Temos uma equipe que se prepara, ora, a gente canta. As pessoas vão voluntariamente em busca de oração”, comenta Gilvan Souza.

Cultos e vigílias

O local se tornou um ponto de encontro da fé, onde as pessoas se reúnem para orar, cantar e agradecer a Deus. Por ocasião da pandemia, o culto precisou dar uma parada para se adequar às determinações sanitárias, mas se restabeleceu, cumprindo as normas e continua sendo realizado sempre às segundas-feiras, a partir das 20h.

Além dos cultos, o pastor e sua equipe também fazem uma vigília uma vez por ano, no dia 6 de setembro. “Aproveitamos esse período que é feriado para fazer a vigília. Amanhecemos orando. Já tivemos 3 ‘vigilões’, que começa às 10h e vai até as 5h da manhã. Geralmente temos em torno de 500 a 600 pessoas por vigília”, informa.

Cristãos se encontram para orar, cantar e compartilhar testemunhos durante culto no monte. (Foto: Reprodução / Imparcial)

Também durante o período mais crítico da pandemia, o grupo fez um clamor que circulou por quase toda a São Luís em cima de um trio elétrico. Foram dois finais de semana pedindo clamor pelas vítimas infectadas pela Covid-19. O pastor planeja fazer uma carreata depois que a pandemia acabar para louvar a Deus pela vitória que a humanidade vai ter.

Monte de oração

Assim como Jesus e os profetas que faziam suas orações em montes, o Culto do Monte segue o exemplo, ao mesmo tempo que quer proporcionar uma experiência diferente. Mesmo durante o dia, ou em outros dias da semana, é comum a presença de pessoas que vão ali para orar, estar mais perto de Deus.

“Na segunda-feira eu lidero esse culto [do Monte], mas todos os dias eu estou lá também, assim como outras pessoas que vão ali voluntariamente. Biblicamente falando, os profetas Moisés, Elias, oravam no monte. O próprio mestre. Hoje alguém diz que não é preciso subir para orar. Ora, isso vai de cada pessoa. Na época Jesus também tinha a sinagoga para ele congregar, mas ele não deixou de orar no monte.  Os profetas tinham tabernáculo, mas eles não deixaram de orar no monte. O monte para nós é precioso. A gente está livre para buscar Deus, é um encontro totalmente diferente. É uma experiência diferente”, justifica.

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