Dia Internacional das Viúvas: 115 milhões nesta condição enfrentam pobreza e abusos

A celebração da data serve para conscientizar a população mundial sobre as crueldades cometidas contra elas.

Fonte: Guiame, com informações de Portas AbertasAtualizado: quinta-feira, 23 de junho de 2022 às 15:14
Conforme a ONU, há cerca de 258 milhões de viúvas no mundo. (Foto representativa: Portas Abertas)
Conforme a ONU, há cerca de 258 milhões de viúvas no mundo. (Foto representativa: Portas Abertas)

Conforme a Bíblia, Deus se importa com a causa das viúvas e inspira os cristãos a darem a elas um tratamento especial, para que não sejam esquecidas e nem passem por necessidades. 

Desde 2011, o Dia Internacional das Viúvas é celebrado oficialmente com a finalidade de conscientizar a população mundial sobre as crueldades cometidas contra elas, em especial nos países que vivem a realidade da perseguição religiosa. 

Conforme a ONU, estima-se que haja cerca de 258 milhões de viúvas no mundo, das quais 115 milhões enfrentam pobreza, discriminação social e privação econômica porque perderam seus maridos. 

Em alguns países, as viúvas perdem o direito à herança e são despejadas de suas próprias casas, podendo ainda ser atacadas fisicamente. 

Conheça algumas histórias 

Na África Subsaariana, existem ritos tradicionais direcionados às viúvas. Assim que a mulher perde o marido é forçada a realizar todas as regras impostas por tradições de seu povo ou tribo, conforme a Portas Abertas.

Na comunidade Gbadjiri, na República Centro-Africana, a viúva é privada de refeições, água, roupas confortáveis e contato com o mundo exterior por um longo período. Ela fica presa em um quarto onde deve olhar para a parede. 

Durante todo o período de luto, ela deve dormir em folhas de arbusto ou em um tapete. Depois do tempo determinado pelos “guardadores”, outro marido é escolhido para ela. A família do falecido paga uma quantia de dinheiro, como uma multa, e então a viúva passa pelo ritual do banho. 

Só então é levada para a casa do novo marido. Seus supervisores pegam a mão dela para introduzi-la às tarefas domésticas, como uma permissão para voltar à vida normal. Acredita-se que recusar o ritual deixa a viúva com uma loucura incurável.

Cabelo raspado e pimenta nos olhos

Na República Democrática do Congo, o povo Yaka exige que a família do falecido marido organize o funeral. A viúva é despojada de tudo o que tem, incluindo suas roupas. 

Ela veste roupas pretas que os vizinhos ou sua própria família oferecem a elas. Ela deve raspar o cabelo e um pouco de pimenta é colocado nos olhos para que possa chorar sempre. Ela senta no chão até o marido ser enterrado. 

A viúva deve casar com o irmão do marido, mesmo se este já for casado, ou então enfrentar o banimento. A recusa pode ser também um convite para ameaças dos parentes do marido e a perda de seus pertences.

Violação de direitos humanos

Em vários outros países, existem rituais semelhantes. A maioria dessas comunidades não levam em conta os sentimentos das viúvas e elas são submetidas a outros maridos, sem direito a nenhum tipo de escolha. 

As viúvas que, de alguma forma, conseguem contato com o cristianismo e adquirem conhecimento bíblico, passam por um discipulado que as libertam dessas crenças que violam os direitos humanos.

Porém, por abandonarem a antiga religião e passarem a crer em Cristo, elas enfrentam outro tipo de violência — a intolerância religiosa. 

“Jesus prometeu que estará sempre comigo”

A história de uma viúva cristã, ex-muçulmana, é um exemplo de fé e perseverança. Areefa — nome fictício por razões de segurança — mora na Índia e seu marido foi morto pelo irmão dela, por ser seguidor de Jesus. 

“Depois da morte do meu marido, meus irmãos queriam que eu voltasse para casa e deixasse minha fé cristã. Eles queriam que eu me tornasse muçulmana novamente e me casasse na comunidade. Eles disseram que não me ajudariam de forma alguma se eu não deixasse o cristianismo”, contou. 

“Mas eu queria me apegar ainda mais a Jesus. Outros membros e líderes da igreja me ajudaram e oraram comigo todo esse tempo”, contou a cristã que mesmo sendo analfabeta, usou suas habilidades para sustentar a si mesma e aos filhos. 

“Eu fui capaz de me tornar forte e trabalhar duro para sustentar minha família e tive que enfrentar a perseguição. Mesmo agora, meus parentes me odeiam porque escolhi manter minha fé. Eles nunca me deram qualquer tipo de apoio para criar meus filhos”, continuou. 

“Mas Jesus prometeu que sempre estará comigo, até o fim. Ele prometeu me fortalecer. Eu posso senti-lo comigo e posso sentir sua força”, concluiu. 

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