Um empresário de 52 anos deixou sua concessionária de motos no final de 2013 para se dedicar a um projeto que planta igrejas na região de Parauapebas, Pará, onde reside. Desde então, Kenedy Wingley se dedica a tarefa que tem base na adventista sul-americana denominado “Plantio de Igrejas”.
Ele é casado com Selma Boy e é pai de três filhos. Kenedy decidiu viver pela fé e até hoje já estabeleceu 27 igrejas em sua região, juntamente com sua equipe missionária. Wingley deu seu testemunho no encontro de Evangelismo e Plantio de Igrejas nas Grandes Cidades, organizado pela sede adventista sul-americana, que contou com a presença de líderes da Missão Global e de Evangelismo de oito países da América do Sul, de 4 a 7 de abril.
Em uma entrevista para a Agência Adventista Sul-Americana de Notícias (ASN), o empresário comentou a cerca de seu trabalho. “Faria tudo de novo, porque vejo que isso motivou minha vida e da minha família. Agora vejo que minha vida depende disso (plantar igrejas). Caso eu deixe de fazer o que Deus me incumbiu, eu morro. Não posso parar. Ai de mim se eu não pregar! Vejo vidas transformadas, pessoas sendo batizadas. Eu vejo que Deus me chamou para o projeto. Esse é o plano que Ele tem para minha vida”, disse.
Kenedy ainda relata que no final do mês de novembro de 2012, uma equipe de membros adventistas decidiu fazer evangelismo na sua cidade, localizada a 50 quilômetros da cidade de Belém, capital do Pará. Foi ai que em uma reunião de anciãos (líderes leigos) da igreja, eles notaram o rápido crescimento na cidade e que não havia onde colocar os novos conversos “pois as igrejas estavam lotadas”.
Desafio maior
Kenedy e outros membros, como Francisco Chagas Almeida, tesoureiro da equipe missionária e ancião da igreja de um bairro em Altamira, aceitaram o desafio de plantar igrejas em uma cidade com 130 bairros e que contava com apenas 33 igrejas. Mas, a situação não era tão favorável. O desafio era o fato de que “os terrenos eram muito caros e 70% da cidade de Parauapebas não tinha presença adventista”.
Mesmo assim, o custo não foi uma barreira, porque foi lançado na região um projeto chamado 10X10:10% de dízimo e 10% de pacto. Então, foi ai que os líderes da igreja, juntamente com os pastores locais da Associação Sul do Pará (subsede eclesiástica) e os membros da região, apoiaram a iniciativa que ganhou força no mês de março de 2013.
“As igrejas começaram a devolver o pacto (percentual de oferta voluntária). Houve um considerável crescimento do dízimo – de 25 a 30%. Depois do chamado feito pela nova equipe de plantio referente ao projeto 10X10, o pacto dos membros cresceu em 600%”, afirma Wingley. Outro benefício foi o fato de unir as igrejas da região no plano de expansão missionária.
O resultado disso foi o plantio de 28 novas igrejas adventistas na cidade de Parauapebas, em apenas três anos. Antes do plantio, o número de membros era de 2.600, e depois do projeto, passou para seis mil membros na região. “Nós tínhamos três distritos missionários (agrupamentos eclesiástico das igrejas) e os duplicamos para sete”, pontuou. Atualmente, a equipe amadureceu o projeto e o compartilha com outras regiões do Brasil.
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