Hernandes Dias Lopes: "A Reforma Protestante foi um retorno à centralidade de Cristo"

Em um artigo recente, o pastor Hernandes Dias Lopes explicou biblicamente o conceito 'Solus Christus', que ajudou a estruturar a Reforma Protestante.

Fonte: Guiame, com informações do HernandesDiasLopes.com.brAtualizado: segunda-feira, 30 de outubro de 2017 às 15:03
Hernandes Dias Lopes é pastor presbiteriano e escritor de mais 80 livros publicados. (Imagem: Youtube)
Hernandes Dias Lopes é pastor presbiteriano e escritor de mais 80 livros publicados. (Imagem: Youtube)

Nesta terça-feira (31), as igrejas evangélicas de todo o mundo celebram os 500 anos de um movimento que marcou não somente o destino do cristianismo, mas também mudou o curso da História mundial: A Reforma Protestante. Teólogos das mais diversas denominações têm chamado a atenção para importância desta comemoração, conhecendo mais sobre o caminho que trouxe o protestantismo até os dias de hoje.

Um grande exemplo destes líderes cristãos é o Rev. Hernandes Dias Lopes (Igreja Presbiteriana do Brasil), que publicou em seu site oficial uma série de artigos específicos sobre cada um dos "solas" que estruturaram os princípios fundamentais da Reforma Protestante: "Sola fide" ("somente a fé"); "Sola scriptura" ("somente a Escritura"); "Solus Christus" ("somente Cristo") "Sola gratia" ("somente a graça") e "Soli Deo gloria" ("glória somente a Deus").

Em sua mais recente reflexão "Solus Christus", o pastor reforçou a relação direta que a Reforma teve com o resgate dos princípios bíblicos - como seu caráter cristocêntrico - que estavam perdendo sua essência em meio à corrupção da Igreja Católica dos tempos medievais.

"A Reforma Protestante foi um retorno às Escrituras e consequentemente, um retorno à centralidade de Cristo, pois ele é o centro das Escrituras", destacou Hernandes em seu artigo.

Pastor Hernandes explicou que o resgate da centralidade de Cristo foi necessário, pois negar este fator é como desprezar a Bíblia por completo - do Antigo ao Novo Testamento - e, por consequência, invalidar o papel da própria Igreja.

"O Antigo Testamento aponta para Ele [Jesus]; o Novo Testamento descreve Sua pessoa e Sua obra. Cristo é o centro da eternidade, pois Nele convergem todas as coisas tanto as do céu como as da terra. Ele é o centro da História, pois só Ele pode dar significado a ela e levá-la a uma consumação. Ele é o centro da Igreja, pois é o seu fundamento, dono, edificador e protetor", explicou.


Contra a idolatria

Ainda falando sobre a relevância deste princípio fundamental da Reforma, que é o "Solus Christus", o teólogo e escritor destacou alguns pontos que o justificam biblicamente e os contextualizou para a realidade atual, lembrando por exemplo, o erro da igreja católica em exaltar o papa como a figura máxima do cristianismo, além da canonização de outros seres humanos, como a Virgem Maria.

"Em primeiro lugar, Cristo é o único Mediador entre Deus e os homens. A Igreja da Idade Média havia criado um panteão de intercessores. Maria e os santos canonizados eram abertamente invocados como aqueles que deveriam interceder por nós junto a Deus. Ainda hoje há uma máxima na igreja romana: 'Pede à Mãe, que o Filho atende'. Esses ensinamentos estão em flagrante oposição ao que a palavra de Deus ensina", acrescentou Hernandes, citando como referências as passagens de 1 Timóteo 2.5 e João 14.6, que rebatem esta doutrina do catolicismo.

"Jesus não é um Mediador entre outros; ele é o único Mediador. Ele não é um dos muitos caminhos para o céu; ele é o único Caminho. Jesus é a porta e ninguém poderá chegar a Deus, exceto por meio dele!", afirmou.


Salvação somente em Cristo

Hernandes também lembrou que este princípio fundamental se baseia no conceito de que somente Cristo é o caminho para a salvação e o caminho para a eternidade e a Igreja sozinha nada pode fazer para garantir a remissão dos pecados da humanidade.

"Cristo é o único Salvador dado por Deus aos homens. O homem não pode salvar a si mesmo por meio de suas obras. A igreja não pode salvar o homem por meio de seus rituais. A ideia de que o batismo pode regenerar o homem é um ledo engano. A ideia de que podemos ser salvos pela penitência é um rotundo erro. A salvação é obra de Deus, oferecida aos pecadores, pela graça, mediante a fé em Cristo", disse.

"Oh, quão grande Redentor temos em Cristo. Permanece tremulando a bandeira da Reforma: Solus Christus!", finalizou o pastor em seu artigo.

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