A Igreja Episcopal da Escócia deu o primeiro passo para a autorização dos casamentos entre homossexuais nesta sexta-feira (10), durante uma assembleia em Edimburgo, capital do país.
A assembleia da denominação cristã, que é um ramo da Igreja Anglicana, votou por uma mudança que prevê retirar de sua doutrina uma frase que estipula o casamento como uma união "entre um homem e uma mulher".
Para evitar uma polêmica ainda maior, a reforma também irá permitir que os eclesiásticos que estejam em desacordo com a decisão se recusem a celebrar casamentos entre pessoas do mesmo sexo.
A proposta contou com os votos de cinco das sete dioceses, de 69% do clero e de 80% dos laicos. Esses resultados poderiam alcançar a maioria de dois terços necessária para aprovar a mudança na próxima assembleia, prevista para junho de 2017.
O reconhecimento das uniões entre pessoas do mesmo sexo e da ordenação de homossexuais faz parte da conduta da Igreja Anglicana há quase 20 anos. No entanto, a Bíblia professada por essa igreja condena claramente tais práticas.
Segundo o pastor Bruno dos Santos, qualquer alegação de evangélicos e gays afirmando que a Bíblia não condena a homossexualidade é apenas a vontade de concatenar a prática do pecado e a religiosidade no mesmo barco da fé.
“Sejamos claros, não se trata de uma visão preconceituosa a respeito dos gays, mas apenas a concordância com a revelação divina de que a homossexualidade é de fato contrário as intenções e propósitos de Deus para a humanidade”, diz ele.
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