“Jesus nunca disse que uma guerra marcaria Sua volta”, diz Rodrigo Silva

O teólogo lembra que quando o Anticristo governar, ele não trará uma guerra, mas uma falsa paz. E este é um sinal da volta de Cristo.

Fonte: Guiame, Cris BeloniAtualizado: terça-feira, 17 de janeiro de 2023 às 17:27
Tiago Brunet e Rodrigo Silva. (Foto: Captura de tela/YouTube BrunetCast)
Tiago Brunet e Rodrigo Silva. (Foto: Captura de tela/YouTube BrunetCast)

Durante uma conversa em Israel, Tiago Brunet e Rodrigo Silva abordam temas sobre o fim dos tempos e expõem suas opiniões sobre o papel de Israel como “relógio de Deus”, conforme muitos cristãos defendem.

Tiago Brunet é pastor e escritor best-seller, sendo reconhecido pelo treinamento de líderes no campo do cristianismo. Em seu canal no YouTube “BrunetCast”, ele reservou um espaço para ouvir especialistas em assuntos específicos. 

Ele perguntou ao arqueólogo e teólogo, Rodrigo Silva, o que a Bíblia diz realmente sobre o fim dos tempos, o arrebatamento da Igreja e se Israel é, de fato, o protagonista das profecias sobre os últimos dias.

Sobre as duas principais correntes escatológicas

Como base teológica para o fim dos tempos, Rodrigo Silva resume as duas principais vertentes — uma que acredita no arrebatamento secreto da Igreja e outra mais conservadora.

Para o especialista, a corrente mais conhecida é o dispensacionalismo, que teve início no final do século 18 e que foi popularizada no mundo protestante e evangélico, a partir da Bíblia anotada de Scofield. 

“Hal Lindsey projetou ainda mais essa corrente com seus livros e a série de filmes Deixados Para Trás”, lembrou. O inglês Harold Lee Lindsey, citado pelo arqueólogo, é um escritor evangélico e apresentador de TV, que se descreve como sionista e dispensacionalista.

‘Nessa escatologia não tem lugar para arrebatamento secreto’

Rodrigo Silva resumiu a corrente dispensacionalista da seguinte forma: “Nessa corrente, Israel é o relógio de Deus, haverá o arrebatamento invisível da Igreja e o Armagedom será uma guerra física contra Israel, no vale de Jezreel”, disse.

O arqueólogo ainda mencionou que, dentro dessa corrente, acredita-se que Rússia e China pelejarão contra Israel e que o país será defendido pelos EUA e seus aliados.

A outra ideia escatológica geral sobre o fim dos tempos e o juízo final de Deus, conforme lembra o teólogo, tem base nos ensinamentos de Martinho Lutero, Ulrico Zuínglio, João Calvino, os Valdenses, entre outros. 

“E nessa escatologia não há espaço para o arrebatamento secreto da Igreja e Israel não é protagonista do fim dos tempos. Haverá uma volta visível e única de Jesus e não há ideia de um conflito real entre Israel e seus inimigos”, explicou.

“Essa é a visão que eu adoto e que também é a ideia de alguns batistas, presbiterianos e metodistas”, compartilhou.

‘Paz e segurança como sinal da volta de Cristo’

Ao ler Mateus 24, Rodrigo destaca o seguinte: “Em momento algum Jesus disse que uma guerra marcaria a volta Dele, pelo contrário”, disse ao lembrar que Paulo fez um alerta sobre isso em sua primeira carta aos Tessalonicenses (5.3).

“Quando disserem: ‘Paz e segurança’, então, de repente, a destruição virá sobre eles, como dores à mulher grávida; e de modo nenhum escaparão”. 

“Quando o Anticristo governar, ele não trará uma guerra, mas uma falsa paz. E as nações vão se maravilhar seguindo a besta. E os únicos que estarão contra a besta farão parte do remanescente fiel que passará pela Grande Tribulação”, continuou. 

Apocalipse 3.10 fala de arrebatamento?

“Visto que você guardou a minha palavra de exortação à perseverança, eu também o guardarei da hora da provação que está para vir sobre todo o mundo, para pôr à prova os que habitam na terra”. (Apocalipse 3.10)

Sobre o texto em Apocalipse, Rodrigo explica: “Deus guardará seu povo da mesma forma que guardou Noé. E não foi tirando Noé e sua família do dilúvio, mas os guardando em meio às águas”. 

O arqueólogo também relaciona a salvação pessoal da mesma forma: “Deus salva a cada um de nós em meio à nossa tribulação”. 

E sobre a batalha do Armagedom, o estudioso explica que não entende se tratar de um conflito militar, mas de um conflito cósmico, quando Jesus descer das nuvens do céu para acabar com o maligno. 

Sobre as diferentes opiniões, Brunet finaliza dizendo: “Cada um carrega a ‘própria verdade’ baseado no celeiro que teve disponível durante a vida. Cada um tem a sua teologia”, concluiu. 

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