Mãe de autista se especializa e ajuda outras famílias: ‘Deus dá perspectivas’

Letícia Gonçalves é terapeuta ocupacional e transformou sua situação familiar em ministério.

Fonte: Guiame, Cris BeloniAtualizado: quinta-feira, 8 de dezembro de 2022 às 16:26
Letícia Gonçalves. (Foto: Captura de tela/YouTube JesusCopy)
Letícia Gonçalves. (Foto: Captura de tela/YouTube JesusCopy)

Com o objetivo de ajudar pais e mães com filhos autistas, Letícia Gonçalves, em entrevista ao JesusCopy, contou sobre sua vida desde que descobriu que seu filho, Joaquim, tinha o Transtorno do Espectro Autista (TEA). 

“Ninguém sonha em ter um filho com muitas dificuldades”, disse a filha do pastor Josué Gonçalves, fundador da Igreja Família Debaixo da Graça. Letícia conta que na descoberta do autismo ficou triste e chorou diante dos questionamentos durante três dias.

“A gente sonha o tempo todo e é normal a gente olhar para os nossos filhos e idealizar coisas. Depois desses três dias, eu disse para o meu marido (Filipe): Eu acredito que o Joaquim vai conseguir”, lembrou.

‘Deus, qual o sentido disso?’

Letícia conta que Deus foi muito cuidadoso com a vida do Joaquim e que ela e o marido se comprometeram a fazer de tudo para ajudar o filho. “Fomos em vários médicos e identificamos nele os sinais do autismo”, disse ao se referir ao atraso na fala, andar na ponta dos pés, não olhar nos olhos e não ser muito risonho.

No início, ela conta que várias perguntas foram feitas: “Por que Deus? Por que com ele? Por que com a gente? O que vamos fazer agora? Deus, qual o sentido disso?”

Depois, Letícia pediu para Deus ensiná-la a lidar com a situação e para que através da vida do filho as pessoas pudessem entender que isso não é um peso. “Quero que as pessoas entendam que ele é uma criança amada e minha oração é para que Deus use a vida do Joaquim”, revelou. 

“Eu entendo a angústia das mães”

Atualmente, Letícia, que é terapeuta ocupacional, atende mães com filhos autistas. “Elas chegam extremamente angustiadas e eu entendo porque eu também passei por isso”, disse. 

“Às vezes, eu ainda penso: ‘Como vou lidar com isso?’, mas é através do Espírito Santo e não tem outra explicação. Eu não vejo mais o autismo, eu só faço [o meu trabalho]. E que através da vida do Joaquim a gente possa ajudar outras famílias”, disse ao citar pais que escondem ou negam a condição de seus filhos. 

A questão do autismo transformada em ministério

Ao final da entrevista, Douglas Gonçalves destacou a questão de sua irmã, Letícia, ter transformado uma questão particular em ministério: “Eu acho lindo o que você fez, compartilhando isso com as pessoas”.

“O Joaquim é alguém com um espectro que vai mostrar a glória de Deus desta forma. E, um dia, todos nós vamos ressuscitar perfeitos em nosso corpo glorificado. Mas, agora, vocês têm servido e amado as pessoas através desse trabalho”, concluiu Douglas.

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