Mais de um quarto dos cristãos nos EUA acredita em astrologia, diz estudo

Cerca de 27% dos religiosos americanos acreditam na astrologia, um número semelhante aos 28% dos não religiosos.

Fonte: Guiame, com informações do Christian PostAtualizado: quarta-feira, 28 de maio de 2025 às 11:26
O estudo entrevistou uma amostra representativa de 9.593 adultos nos EUA. (Foto: Unsplash/Greg Rakozy)
O estudo entrevistou uma amostra representativa de 9.593 adultos nos EUA. (Foto: Unsplash/Greg Rakozy)

Apesar da proibição bíblica de consultar astrologia ou horóscopos, mais de um quarto dos cristãos americanos acreditam que os astros influenciam o destino humano, segundo uma pesquisa do Pew Research Center.

Realizado no outono de 2024, o estudo entrevistou uma amostra representativa de 9.593 adultos nos EUA.

Aproximadamente 30% dos adultos americanos relataram recorrer à astrologia, horóscopos, tarôs ou videntes ao menos uma vez por ano. No entanto, a maioria afirma fazê-lo por entretenimento, enquanto poucos tomam decisões importantes com base nessas práticas.

Os pesquisadores identificaram que aproximadamente 27% dos americanos religiosos acreditam na astrologia, um percentual comparável aos 28% dos não religiosos que compartilham dessa crença.

Protestantes negros e católicos hispânicos mostraram maior inclinação para acreditar na astrologia do que evangélicos brancos. Aproximadamente um terço desses grupos, junto aos que se identificaram como pertencentes a nenhuma religião específica, expressaram opiniões semelhantes sobre o tema.

Evangélicos brancos, ateus, judeus americanos e agnósticos demonstraram menor propensão a acreditar na astrologia em comparação com a população em geral.

Crença equivocada

Segundo o ministério de apologética cristã Got Questions, a ideia de que a astrologia influencia o destino é considerada uma crença equivocada.

“Os astrólogos da corte babilônica foram envergonhados pelo profeta Daniel (Daniel 1:20) e não conseguiram interpretar o sonho do rei (Daniel 2:27). Deus identifica os astrólogos entre aqueles que serão queimados como restolho no julgamento divino (Isaías 47:13-14)”, observa o ministério.

“A astrologia, como forma de adivinhação, é expressamente proibida nas Escrituras (Deuteronômio 18:10-14). Deus proibiu os filhos de Israel de adorar ou servir o ‘exército dos céus’ (Deuteronômio 4:19). Contudo, várias vezes ao longo da história, Israel caiu nesse pecado… Sua adoração às estrelas trouxe o julgamento de Deus em cada ocasião”.

Riscos do sincretismo

Embora estudiosos cristãos renomados, como George Barna, tenham alertado nos últimos anos sobre os riscos do sincretismo para a cosmovisão bíblica, um novo estudo de abril, Breaking Free of the Iron Cage: The Individualization of American Religion, indica que um número crescente de americanos está deixando a religião organizada em favor de uma abordagem espiritual mais personalizada, que integra elementos de diferentes tradições religiosas.

No estudo, os pesquisadores acompanharam 1.348 indivíduos nascidos no final dos anos 1980, desde a adolescência até o início da vida adulta, utilizando pesquisas longitudinais para analisar como jovens adultos conciliam a religião institucional com a busca por autenticidade pessoal, em meio ao crescimento dos "não religiosos".

“Nossa análise revela como os jovens estão reagindo à burocratização e racionalização que o sociólogo alemão Max Weber previu como criadoras de uma ‘gaiola de ferro’ nas instituições modernas, desenvolvendo novas formas de expressão religiosa e espiritual fora das estruturas formais”, escreveram os pesquisadores.

Os pesquisadores argumentaram que o mercado religioso se expandiu para além da concorrência entre denominações, passando a incluir opções fora das instituições formais, desde a espiritualidade personalizada até abordagens individuais para a fé e o significado.

“Os indivíduos estão se libertando não com alicates corta-fios, mas por meio de atos profundamente pessoais de rebelião espiritual”, afirmam os pesquisadores.

“Eles rejeitam as construções religiosas racionalizadas, sistematizadas e institucionalizadas da modernidade em favor de expressões mais dinâmicas, diversas e sincréticas.”

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