Militar cristão conta como ajudou a capturar Saddam Hussein após ouvir a Deus

Eric Maddox ingressou no exército após ouvir Deus o direcionando, tempos depois ele foi ao Iraque trabalhar com interrogatórios.

Fonte: Guiame, com informações do PremierAtualizado: sexta-feira, 22 de julho de 2022 às 13:00
Eric Maddox posa com manchetes de jornal sobre a captura de Saddam Hussein. (Foto: Wikipedia)
Eric Maddox posa com manchetes de jornal sobre a captura de Saddam Hussein. (Foto: Wikipedia)

Eric Maddox frequentava a igreja, mas não era um cristão praticante. Aos 21 anos, “vivendo a boa vida, sem responsabilidades”, ele ouviu uma voz dizendo-lhe para se juntar ao exército.

Amante de esportes, o rapaz nunca tinha pensado nessa possibilidade, mas “a voz era tão clara, eu sabia que não tinha escolha”, disse em entrevista à Megan Cornwell do Premier.

“Eu não queria – não estava empolgado com isso – mas assim que me formei na universidade, entrei.”

Mesmo parecendo estranha a ideia de que Deus havia falado com ele, dizendo para se juntar ao exército Eric decidiu aceitar o desafio. “Eu sabia que era isso que eu deveria fazer”, contou.

Eric ingressou na infantaria como paraquedista, e foi enviado para o Panamá. Por gostar de falar espanhol com os habitantes locais, ele ingressou em um programa de línguas estrangeiras mantido pelo exército.

O jovem militar escolheu mandarim chinês e, como resultado, também foi matriculado em um curso de interrogatório de oito semanas.

“Eles disseram: ‘Não se preocupe, você nunca fará interrogatórios'”, lembra ele, acrescentando: “mas então tivemos o 11 de setembro”.

Uma nova direção

Como consequência dos atentados de 11 de Setembro, os EUA decidiram invadir a invasão do Iraque, que ocorreu em 2003. Eric achava que não seria convocado, mas acabou tendo seu nome incluído na lista que iria para o conflito.

“Não sei se eles estavam ficando sem interrogadores”, contou ele, “mas a Força Delta estava indo atrás de Saddam e eles disseram: ‘Encontre um interrogador que costumava estar na infantaria. E adoraríamos um graduado da Ranger School.'”

Em todo o Exército dos Estados Unidos, Eric era a única pessoa que se encaixava naquele perfil. Apesar de nunca ter visto o serviço ativo, ele se viu designado para a unidade de operações especiais de elite e a caminho do Oriente Médio.

À procura de Saddam Hussein

Ele lembra que nos cinco meses seguintes interrogou mais de 300 prisioneiros. Ele relata que logo descobriu que as técnicas que havia aprendido no exército não eram eficazes, então desenvolveu as suas próprias, baseadas na escuta empática, diferente da abordagem tradicional de medo e intimidação.

“Os militares pensaram: você é maluco”, lembra Eric. Mas com o tempo se esgotando, eles conseguiram o avanço que precisavam.

“Descobrimos que havia apenas uma pessoa que sabia onde Saddam estava escondido – um de seus ex-guarda-costas. E no meu último dia no país, nós o capturamos”, contou Eric.

Soldados do Exército dos EUA da Delta Company, 1º Pelotão de Escoteiros, 155ª Brigada de Combate (BCT), em uma área em Al Iskandariyah, Iraque. (Foto: A1C Kurt Gibbons III, USAF)

“Usando essa técnica, esse guarda-costas, em menos de duas horas, disse: ‘Eu sei exatamente onde ele está. E eu vou te levar.'”

Cumprindo o acordo, em 13 de dezembro de 2003, o guarda-costas levou a equipe da Força Delta ao jardim de uma casa nos arredores de Tikrit, cidade natal de Saddam, chegando ao “buraco da aranha” onde o ex-presidente estava escondido.

“Eles levantaram a tampa e, com certeza, lá estava ele”, lembrou Eric.

Resultado positivo e Deus

Assim que conseguiu fazer o guarda-costas falar, Eric deixou o país rumo ao Catar, como planejado. Na manhã seguinte, a milhares de quilômetros de distância, ele acordou com a notícia da captura de Saddam Hussein. “Foi surreal”, disse.

Eric diz que foi uma alegria saber que seu estilo de interrogatório foi eficaz na captura de Saddam. “Todo mundo achava que eu era louco. Então, realmente, foi como: 'Uau, bem, você tem esse cara, e nós fizemos de uma maneira completamente diferente!'"

Após sua experiência no Iraque que Eric diz que conheceu Heather, que se tornaria sua esposa e o levaria efetivamente a Cristo.

Ele diz que primeira vez que partiu para outra missão militar, depois que eles se casaram, Heather perguntou se ele estava salvo. “Eu fiquei tipo: ‘Você está falando sobre Deus?”

Eric respondeu: “Acho que estou bem. Fui batizado quando bebê, minha mãe vai à igreja…”

Heather ficou horrorizada, ele conta. “Ela disse: ‘Só não morra. Vou lhe enviar pregações.'”

Cumprindo sua palavra, Heather enviou ao marido sermões para ouvir no Afeganistão, e Eric diz que algo dentro dele desbloqueou.

Voltando para casa

Eric conta que pouco depois da captura de Saddam, ingressou na Agência de Inteligência de Defesa dos EUA. Nos dez anos seguintes, ele realizou mais de 2.700 interrogatórios.

Hoje, ele usa as habilidades e técnicas que aprendeu no campo para ensinar aos líderes empresariais como ganhar confiança por meio do que ele chama de “escuta baseada em empatia”.

Eric Maddox fala sobre suas experiências e sua metodologia única. (Foto: Wikipedia)

No entanto, reajustar-se à vida civil após a intensidade da guerra tem sido difícil.

“Você vê coisas lá fora – pessoas morrendo, sendo explodidas – e você volta e há uma sensação de: acho que ninguém aqui se importa”, explicou.

“A única coisa que me ajudou foi Jesus”, diz ele. “Não consigo imaginar outra coisa que teria me ajudado. E não apenas guerra – não sei como as pessoas vivem neste mundo sem Cristo. Não sei como as pessoas fazem isso sem ele.”

“Muitas pessoas que vão à igreja quando são jovens simplesmente não entendem a graça, porque não é assim que operamos neste mundo”, diz Eric. “Foi só aos 37 anos que realmente entendi o que Cristo fez e o que significava ser cristão.”

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