Novas igrejas no Reino Unido estão abandonando a palavra 'igreja', aponta relatório

A pesquisa alertou que a "nova linguagem eclesial" está afetando a teologia dentro da Igreja da Inglaterra.

Fonte: Guiame, com informações de Church TimesAtualizado: sexta-feira, 16 de agosto de 2024 às 15:21
Imagem ilustrativa. (Foto: Unsplash/Karl Fredrickson).
Imagem ilustrativa. (Foto: Unsplash/Karl Fredrickson).

Um relatório recente mostrou que novas igrejas no Reino Unido estão abandonando a palavra “igreja” e usando outros termos para se referir às suas congregações.

A pesquisa, publicada pelo Centro de Teologia e Pesquisa de Plantação de Igrejas, incluiu entrevistas com líderes das 11 dioceses da Igreja da Inglaterra, feitas entre novembro de 2022 e junho de 2023.

Segundo a pesquisa, nos últimos 10 anos, 900 novas igrejas foram plantadas e nenhum campo usou o termo “igreja” para se referir às novas congregações.

Cada campo informou que estava "trabalhando com uma eclesiologia única". Sete dioceses usaram a palavra “comunidade, seis utilizaram “adoração” para se referir às igrejas, e duas usaram "congregação".

Além disso, as novas igrejas possuem grandes diferenças entre si em relação a liturgia, sacramentos e organização.

Nova linguagem afeta a teologia da igreja

O estudo avaliou que o surgimento da "nova linguagem eclesial" aconteceu muito rápido e está afetando a teologia dentro da Igreja da Inglaterra. “A nova linguagem está moldando a missão e o ministério das dioceses", afirmou o relatório.

O autor da pesquisa – o reverendo Will Foulger, vigário de St Nicholas's em Durham – questionou se a mudança está transformando a definição do que é igreja dentro da Igreja da Inglaterra e como a denominação se manterá unida com as novas congregações locais se diferenciando uma das outras.

Plantação de igrejas

Em 2012, a Igreja da Inglaterra anunciou um plano para implantar mais de 10.000 igrejas na próxima década. Pelo menos 82,7 milhões de euros foram investidos para as implantações.

O relatório questionou as razões para a implantação de novas igrejas. “Realmente há muito pouca lógica teológica por trás do início de congregações novas”, afirmou.

E concluiu: “Precisamos, portanto, investigar o que achamos que está acontecendo aqui para que nossa atividade possa ter integridade teológica".

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