Igreja da Inglaterra não fará casamento gay, mas irá “abençoar” casais homossexuais

Bispos dizem que vão exortar todas as congregações sob seus cuidados a acolher casais do mesmo sexo “sem reservas e com alegria”.

Fonte: Guiame, com informações da BBC e Christian ConcernAtualizado: quinta-feira, 19 de janeiro de 2023 às 12:35
Justin Welby, arcebispo de Canterbury. (Foto: Flickr/Catholic Church England and Wales)
Justin Welby, arcebispo de Canterbury. (Foto: Flickr/Catholic Church England and Wales)

O ensinamento da Igreja da Inglaterra de que o “Sagrado Matrimônio é apenas entre um homem e uma mulher” não mudaria e não seria submetido a votação, de acordo com bispos que participaram da reunião nesta terça-feira (17) para debater o tema.

No entanto, eles anunciaram planos para permitir “orações” e “bênçãos” para casais do mesmo sexo em parcerias civis em suas igrejas, afastando-se do ensino bíblico sobre a sexualidade humana, escreveu a Christian Concern.

Na declaração após o Sínodo Geral – reunião para debates e decisões de temas pela cúpula da Igreja –, os bispos dizem que vão exortar todas as congregações sob seus cuidados a acolher casais do mesmo sexo  “sem reservas e com alegria”.

Essa orientação faz parte do compromisso com uma “nova inclusão cristã radical fundada na Escritura, na razão, na tradição, na teologia e a fé cristã como a Igreja da Inglaterra a recebeu – baseada em relacionamentos bons, saudáveis ​​e florescentes e em uma compreensão adequada do século 21 de ser humano e de ser sexual”.

A decisão seguiu cinco anos de debate e consulta sobre a posição da Igreja sobre a sexualidade. As recomendações sobre a posição da Igreja sobre o casamento entre pessoas do mesmo sexo devem ser ratificadas e delineadas em um relatório para a assembleia nacional da Igreja no Sínodo Geral no próximo mês, informa a BBC.

A medida segue o governo do Reino Unido anunciando ontem planos para proibir o que o lobby LGBT chama de “terapia de conversão”. As propostas criminalizarão a oração e certos tipos de conversas consensuais.

'Desconsiderando o ensino da Bíblia’

Para responder à decisão, Andrea Williams, diretora executiva da Christian Concern e ex-membro leiga do sínodo geral, disse:

“Esta é a capitulação da Igreja da Inglaterra. Os bispos perderam a coragem e a convicção de afirmar claramente a beleza da visão de Deus para o casamento entre um homem e uma mulher. Tal visão é clara e intransigente e leva a uma sociedade saudável e feliz”.

Andrea Williams, diretora executive da Christian Concern. (Foto: Christian Concern)

“A Igreja da Inglaterra está abrindo caminho para a celebração do 'casamento entre pessoas do mesmo sexo' em tudo, menos no nome”, continuou.

“Embora não mude formalmente a doutrina do casamento entre um homem e uma mulher por toda a vida, a Igreja da Inglaterra planeja desconsiderar completamente o ensino da Bíblia sobre o casamento e agir como se a doutrina estabelecida há muito tempo e ainda atual não valesse nada”, confrontou.

Declínio e pecado

“A doutrina da Igreja é importante e a Igreja da Inglaterra está sendo inconsistente e contraditória quando permite práticas que não estão de acordo com a visão de Deus para o casamento conforme estabelecido na Bíblia entre um homem e uma mulher”, disse Williams.

“As instituições da Igreja da Inglaterra estão formalizando o que, de fato, vêm fazendo há anos, mantendo formalmente seu ensino histórico, mas praticando e promovendo o oposto completo”, denunciou.

“O cristianismo ensina que a expressão sexual é reservada ao casamento entre um homem e uma mulher. Qualquer outra forma de relacionamento sexual é sexualmente imoral. A Bíblia chama isso de pecado. A Igreja da Inglaterra agora está incentivando a celebração da imoralidade sexual. Vamos deixar claro que este é um momento crítico e ficará na história como um ponto de virada no declínio e queda da Igreja da Inglaterra”, afirmou.

“Este é um momento marcante e ficará na história como um ponto de virada no declínio e queda da Igreja da Inglaterra – a menos que essas propostas possam ser resistidas decisivamente pelos fiéis no Sínodo.”

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