Professora cristã perde emprego por não usar pronomes trans nos EUA

Alunos que se identificam como transgêneros e passam pela “transição social” são apoiados pelo sistema escolar.

Fonte: Guiame, com informações de The Kansas City StarAtualizado: quarta-feira, 14 de dezembro de 2022 às 17:46
Jackson Memorial Middle School. (Foto: Captura de tela/Google)
Jackson Memorial Middle School. (Foto: Captura de tela/Google)

Uma professora cristã de Ohio perdeu o emprego depois de se recusar a chamar dois alunos pelo “pronome preferido deles”. 

Em sua defesa, um processo foi aberto em 12 de dezembro, alegando que o Conselho de Educação do Distrito Escolar Local de Jackson e vários administradores violaram os direitos de Vivian Geraghty à liberdade de expressão e religião. 

A professora estava sendo obrigada a se referir aos alunos por pronomes que não correspondiam aos gêneros atribuídos no nascimento. Ela foi ameaçada de perder seu emprego, caso não seguisse as imposições LGBT.

Vivian começou a lecionar na Jackson Memorial Middle School, em 2020. No começo de 2022, ela foi informada que dois de seus alunos estavam pedindo para serem chamados socialmente por nomes e pronomes diferentes como parte de sua “transição de gênero”. 

Transição social de gênero

Vivian disse que participar dessa “transição social” para troca de gênero seria uma violação de suas crenças cristãs e causaria danos psicológicos aos alunos em questão. 

Conforme o processo, a professora se reuniu com os administradores da escola e perguntou se ela poderia chamar os alunos pelos sobrenomes, mas eles responderam que, como funcionária pública, deveria deixar de lado suas crenças pessoais.

‘Forçada a pedir demissão’

No processo ainda consta que “é política do distrito que os professores chamem os alunos pelos pronomes com os quais se identificam”. Quando ficou claro que ela não iria se referir aos alunos com esses pronomes, Vivian disse que foi forçada a pedir demissão. 

“De forma inequívoca e assumida, não o farei”, escreveu ela em sua carta. “Há muitas convicções que tenho que nunca seriam divulgadas em minha sala de aula, pois tenho a responsabilidade de ensinar conteúdo (Artes da Língua Inglesa), não religião. No entanto, há linhas que não cruzarei, pois violariam minha consciência e meu Deus”, continuou. 

Segundo os advogados, a demissão de Vivian vai prejudicá-la no futuro: “Será quase impossível ela ser contratada como professora de escola pública em outra parte do estado de Ohio”. 

Isoladas e desrespeitadas?

Ainda de acordo com o processo, a equipe de Vivian está buscando, entre outras coisas, compensação financeira e sua reintegração como professora. 

Conforme notícias do The Cansas City Star, o número de americanos que se identificam abertamente como LGBTQ cresceu significativamente entre as novas gerações.

Uma pesquisa do Pew Research Center, de 2022, descobriu que cerca de 5% das pessoas entre 18 e 29 anos se identificam como transgênero ou não-binárias, em comparação com 0,3% das pessoas com 50 anos ou mais que disseram o mesmo. 

Em geral, 1,6% dos entrevistados se identificaram como algo diferente do gênero que lhes foi atribuído no nascimento. Quando essas pessoas não são chamadas pelos “pronomes preferidos”, alegam se sentir “isoladas” ou “desrespeitadas”. 

Quase 20% dos adolescentes transgêneros e não-binários relataram tentativa de suicídio, de acordo com uma pesquisa atual do Trevor Project — uma organização que se concentra na prevenção do suicídio entre jovens LGBTQ. 

O assunto dos pronomes geralmente serve como um ponto de conflito. Em 2018, um professor universitário em Ohio foi demitido da Shawnee State University por se recusar a usar os pronomes preferidos de um aluno. Mas este não é um caso isolado, há muitos outros profissionais sendo prejudicados por conta do “modismo LGBT” e suas exigências. 

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