Apesar da resistência, escolas nos EUA obrigam professores a usar pronomes trans

Uma professora desistiu do cargo e um membro do conselho escolar disse que a política transgênero tira o foco da educação: “Eu não vou apoiá-la”.

Fonte: Guiame, com informações de CBN NewsAtualizado: segunda-feira, 16 de agosto de 2021 às 12:35
Tanner Cross foi colocado em licença, no início de 2021, após seu discurso para o conselho escolar. (Foto: LCPS)
Tanner Cross foi colocado em licença, no início de 2021, após seu discurso para o conselho escolar. (Foto: LCPS)

Após meses de debate sobre políticas polêmicas, as Escolas Públicas do Condado de Loudoun (LCPS) aprovaram novas diretrizes exigindo que os professores se refiram aos alunos por seus nomes e pronomes preferenciais.

Apesar da forte oposição de pais e professores que estavam preocupados, o LCPS aprovou a Política 8040 — Direitos de alunos transgêneros e de gênero expansivo. A aprovação aconteceu na quarta-feira (11) por uma votação de 7-2.

De acordo com a nova política, a equipe do LCPS “deve permitir que os alunos transgêneros ou expansivos de gênero usem seus nomes preferidos e pronomes de gênero que reflitam sua identidade atual, consistentemente afirmada sem qualquer evidência de comprovação, independentemente do nome e gênero que constam no registro educacional permanente do aluno”. 

Sobre a nova política transgênero

“Os funcionários da escola devem, a pedido de um aluno, pai ou responsável legal, se dirigir ao aluno usando o nome ou pronome que correspondem à sua identidade de gênero consistentemente afirmada”, diz a política.

Os alunos também têm permissão para usar o banheiro ou vestiário “que corresponda à sua identidade de gênero afirmada”. E para privacidade adicional, os administradores devem considerar a criação de “banheiros com inclusão de gênero ou para um único usuário”.

O conselho escolar incluiu um documento de perguntas frequentes sobre as novas disposições. O documento de sete páginas explica que haverá instalações marcadas para homens e mulheres, no entanto, o LCPS planeja “melhorar a privacidade do aluno e promover a criação de banheiros para um único usuário que estejam disponíveis para todos os alunos em uma proporção adequada para a matrícula e tamanho da escola”. 

O LCPS informa também que todos os funcionários da escola “devem se esforçar para eliminar as práticas baseadas em gênero, na medida do possível”, alegando que tais ações podem marginalizar, estigmatizar e excluir alunos, independentemente de sua identidade ou expressão de gênero.

Professora desiste do cargo

A política atraiu atenção nacional. Mais recentemente, uma professora renunciou ao conselho escolar, insistindo que não poderia apoiar suas “agendas politizadas”.

“Desisti de suas políticas”, declarou Laura Morris. “Eu parei de ser uma engrenagem em uma máquina que me diz para promover agendas altamente politizadas em nossos constituintes mais vulneráveis — as crianças”, declarou.

No início deste ano, o professor de educação física Tanner Cross processou o conselho escolar depois que ele foi colocado em licença administrativa por se recusar a usar os pronomes preferidos dos alunos, dizendo que isso era contra sua religião. “Sou professor, mas antes sirvo a Deus”, disse na ocasião.

Um juiz emitiu uma liminar temporária em junho, declarando que o professor estava exercendo seu direito à liberdade de expressão. Cross está de volta ao trabalho, por enquanto.

Sua liminar temporária vigorará até 31 de dezembro, a menos que um tribunal superior decida ampliá-la. O conselho escolar diz que planeja apelar dessa decisão.

“A política não é necessária”, disse Jeffrey Morse, membro do conselho escolar . “A política não resolve os problemas que pretendia resolver e ainda tirou nosso foco da educação. Eu não vou apoiá-la”, concluiu.

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