Na última segunda-feira (4), foi apresentado na Câmara dos Deputados um projeto de lei que visa tornar a Bíblia um "Patrimônio Nacional, Cultural e Imaterial do Brasil e da Humanidade".
Apresentada pelo deputado Pastor Sargento Isidorio (Avante-BA), a proposta foi a primeira, com o início do prazo para a apresentação de projetos e pedidos de criação de CPIs na Câmara.
O deputado justificou a proposta do projeto, lembrando que a Bíblia é o livro mais antigo e o "mais lido do mundo".
Ele também destacou que os cristãos a consideram "mais do que apenas um bom livro, é a vontade de Deus escrita para a humanidade. Para os cristãos, nela se encontram, acima de tudo, as respostas para os problemas da humanidade e a base para princípios e normas de moral".
"É correto dizer e já na autoridade do Espírito Santo que o livro que passo a defender como Patrimônio Imaterial Cultural da Nação brasileira e da Humanidade já é reconhecido por seu vasto poder terapêutico, curador, histórico, libertador, restaurador, revelador e principalmente profético, cuja capacidade de milagres comprovados já ganhou legitimidade da ciência", disse Isidorio.
Segundo o próprio parlamentar, um projeto semelhante foi apresentado por ele – e aprovado por "unanimidade" – pela Assembleia Legislativa da Bahia, quando ainda era deputado estadual.
"Nós, cristãos, seja católicos, evangélicos, espíritas ou outros acreditamos que estes homens escreveram a Bíblia inspirados por Deus e por isso consideram a Bíblia como a escritura sagrada. No entanto, nem todos os seguidores da Bíblia a interpretam de forma literal, e muitos consideram que muitos dos textos da Bíblia são metafóricos ou que são textos datados que faziam sentido no tempo em que foram escritos, mas foram perdendo seu sentido dentro do contexto da atualidade", complementa o parlamentar no texto.
Abertura do ano legislativo
Além da proposta sobre a Bíblia, somente no primeiro dia, já foram apresentados 64 projetos de lei. A partir deste ano (2019), a numeração para propostas que tramitam na Câmara e no Senado será a mesma nas duas casas.
No ano passado, o primeiro dia do ano legislativo foi em 2 de fevereiro 99 propostas foram apresentadas, entre elas 94 projetos de lei, quatro projetos de lei complementar e um de resolução.
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