Projeto de Lei pode incluir estudo da Bíblia no currículo das escolas

Foi apresentado à Câmara dos Deputados o projeto de lei 9164/2017, que se aprovado, pode incluir a leitura da Bíblia como disciplina obrigatória nos ensinos fundamental e médio do Brasil. De autoria do deputado Cabo Daciolo (Avante - RJ), a proposta altera e acrescenta dispositivos à Lei de Diretrizes e Bases da Educação (nº 9.394), de 20 de dezembro de 1996.

Comentando sobre o projeto em sua página oficial do Facebook, Daciolo explicou que a proposta não é promover um proselitismo religioso, mas sim reconhecer os princípios que forjaram as bases do Ocidente e que eles são essenciais para a formação de uma sociedade sólida.

"Foram os princípios éticos da Escritura Sagrada que forjaram as bases da civilização ocidental e os pilares que moldam os seus valores cívicos, sociais, morais e espirituais. Conhecê-la é condição indispensável para a construção de uma sociedade saudável", afirmou.

Daciolo também lembrou que a Bíblia está isenta de qualquer rótulo religioso e continua sendo o mais conhecido e lido até hoje em toda a história da humanidade.

"Não pregamos religião", lembrou o parlamentar. "A Bíblia Sagrada é um dos livros mais antigos do mundo e, sem sombra de dúvidas, é o mais conhecido e adquirido até hoje na história da humanidade. Mas não pertence a nenhuma religião", destacou.

Bíblia nas escolas

A inclusão da leitura bíblica nas escolas já está sendo implantada (de forma não obrigatória) na Bahia, após a aprovação de um nova lei. Desde o início de junho, professores das escolas da cidade de Porto Seguro são autorizados a ler a Bíblia e orar com os alunos, porém o momento é de caráter optativo.

Além do apoio dos professores, o decreto também contou com o apoio dos pais e alunos em uma das escolas que aderiu à leitura bíblica em sala de aula.

"O que é a ética? O que é a moral? O que é o respeito pelo próximo? O que é a coragem, sabedoria, paciência a tolerância? Tudo o que eles [os estudantes] têm que ter na infância, na juventude", destacou a professora Elizabeth Doro.