Depois que novos ataques deixaram ainda mais pessoas em situação de deslocamento interno, em Mianmar, um cristão fez o seguinte questionamento: “Quando essa guerra terá fim? Estamos vivendo como refugiados em terras estrangeiras”, disse Tun Tun (pseudônimo), que vive no estado de Chin.
Tun Tun é um de muitos cristãos que foram deslocados pela guerra civil. Ele disse que se sente frustrado e traumatizado. “Os recursos estão escassos e não fugimos por vontade própria, mas por causa da nossa segurança e de nossos familiares”, compartilhou.
O cristão explica também que as condições de vida não estão fáceis: “Alguns arriscam a própria vida para encontrar emprego e só conseguem garantir a alimentação”.
Ataques à Igreja de Cristo
No último sábado (23), a Igreja Batista Believers, em Thanglang, foi incendiada. Depois disso, novos ataques atingiram o país.
A junta militar que governa Mianmar desde o golpe, em 2021, já queimou 12 igrejas cristãs apenas na cidade de Thanglang, conforme a Portas Abertas.
De acordo com Tun Tun, recentemente, uma igreja local que estava sendo usada como abrigo para refugiados de Sagaing, Nordeste de Mianmar, foi invadida pela junta militar.
Além dessa invasão, o exército lançou bombas e destruiu a igreja Thadou-Kuki Baptist Church, que também fica em Sagaing.
A estrutura do templo, janelas e portas foram severamente danificadas e os militares também levaram o dinheiro da caixa de dízimos e ofertas da igreja.
Violações dos direitos humanos
Ainda de acordo com os relatos de Tun Tun, as perseguições aos cristãos são violações de direitos humanos.
Ele conta o que a junta militar fez no dia 23 de junho: “Eles queimaram quatro casas em Sangaing e prenderam quatro jovens inocentes, bateram e atiraram neles. Eles deixaram os corpos no campus da faculdade”, disse ao revelar que o número de mortes de cristãos da tribo Kuki Chin chegou a 11.
“Ore por nós”, ele pediu ao concluir: “Há muitos templos e santuários budistas, mas nenhuma bala os atingiu. Da mesma forma, as casas atingidas foram apenas as cristãs, as casas dos vizinhos birmaneses não foram prejudicadas e nenhum birmanês foi morto”.
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