Cerca de 35 casas de um vilarejo, na cidade de Chattogram, em Bangladesh, foram totalmente incendiadas após um ataque feito por extremistas muçulmanos — 6 pertenciam a famílias cristãs. Agora, todas as vítimas estão vivendo sob céu aberto, sem proteção alguma.
O incêndio foi planejado por aproximadamente 200 muçulmanos, conforme a Portas Abertas. Os criminosos sabiam que os homens da vila estavam fora de casa, trabalhando, no período da manhã.
As mulheres e crianças da vila tentaram resistir aos ataques, mas não conseguiram.
Os extremistas, que portavam armas afiadas e longos pedaços de madeira, foram muito agressivos.
Eles chegaram abordando mulheres e crianças para ameaçá-las, saquearam, queimaram as casas e depois fugiram. No ataque, ao menos duas vítimas tiveram ferimentos graves.
Motivação para os ataques
Os muçulmanos e os nativos das montanhas de Chittagong Hill Tracts (CHT) estão em conflito constante no Sul de Bangladesh. As brigas acontecem por questões religiosas, disputa de terras e diferenças culturais.
Os muçulmanos são conhecidos por invadirem várias partes de Bangladesh buscando novas terras. Porém, os nativos moram e cultivam ali há muitos anos, ainda antes de Bangladesh se tornar um país independente.
Mas, os invasores chegam de surpresa e expulsam os nativos dali, aterrorizando e destruindo tudo o que conquistaram com seus esforços.
Quando as autoridades são procuradas, geralmente não intervêm nas brigas, que ficam sem resolução. As vítimas permanecem injustiçadas.
Situação das famílias atacadas
Os nativos são muito pobres e as casas, que eram feitas de bambu e madeira, foram rapidamente destruídas pelo fogo. Depois dos ataques, as autoridades mobilizaram, pela primeira vez, militares para a região, para tentar evitar novos conflitos.
O atual ataque, no entanto, não é um caso isolado. Há muitos outros ataques que são direcionados apenas aos cristãos e suas comunidades, e as autoridades estão ignorando as reclamações feitas pelos seguidores de Cristo.
Nos últimos anos, Bangladesh tem subido significativamente na Lista Mundial da Perseguição, ocupando a 38ª posição em 2020, subindo para a 31º em 2021, e 29ª em 2022. O nível de violência também tem aumentado.
Os cristãos tribais, como os do povo santal, enfrentam dupla vulnerabilidade: por pertencerem a uma minoria étnica e também religiosa. Eles também lutam contra questões de grilagem de terras e violência dirigida contra eles.
As igrejas são frequentemente ameaçadas, vigiadas e, às vezes, atacadas de forma violenta. “Eu não posso ir para casa e dormir, senão sou atacado. Eu me escondo toda noite e durmo em qualquer lugar. Eu ainda sinto que alguém está atrás de mim”, disse um pastor que teve sua casa atacada.
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