Téo Hayashi fala sobre o The Send no Brasil: “Algo no coração dessa geração vai despertar”

O pastor Teófilo Hayashi, organizador do The Send no Brasil, falou ao Guiame sobre o impacto do encontro no Brasil.

Fonte: Guiame, Luana NovaesAtualizado: quinta-feira, 6 de fevereiro de 2020 às 15:55
Pastor Teófilo Hayashi fala sobre o impacto do The Send no Brasil. (Foto: Zion Church)
Pastor Teófilo Hayashi fala sobre o impacto do The Send no Brasil. (Foto: Zion Church)

O primeiro estádio lotado em menos de 6 horas. O segundo estádio, em menos de 3 dias. O terceiro, a espera de uma multidão. O The Send, que acontecerá neste sábado (8), tem atraído um número sem precedentes de cristãos de diversas denominações em busca de despertar o envio missionário da Igreja Evangélica brasileira. 

A primeira edição do The Send aconteceu em Orlando (EUA) em fevereiro de 2019, com a colaboração de ministérios como JOCUM, CfaN e Lifestyle Christianity. O Brasil foi representado pelo Dunamis, liderado pelo pastor Teófilo Hayashi, que marcou o encontro com a frase: “Chegou a nossa hora Brasil!”

No sábado, o The Send acontecerá simultaneamente em São Paulo e Brasília, nos estádios do Morumbi, Allianz Parque e Mané Garrincha. Entre a formação, estarão ministros de louvor e pastores que convergem a antiga e nova geração de evangélicos no País.

“Os nossos pais espirituais fizeram tanto por nós, agora cabe à nossa geração dar sequência e honrar o legado que eles construíram”, disse o pastor Téo Hayashi em entrevista ao Guiame nesta quinta-feira (6).

Questionado se o The Send pode contribuir com o avivamento tão aguardado pela Igreja brasileira, Teófilo respondeu que acredita que “nós já estamos em um avivamento”.

“Quando a gente fala de avivamento, existem diversas opiniões, diversos estudos, e eu respeito tudo isso. Mas na minha maneira de enxergar, eu creio que ver o crescimento da Igreja Evangélica no Brasil, ver o que a Igreja conseguiu fazer em prol da transformação no cenário político do Brasil, e pensar que nós não estamos no avivamento... É meio que não querer olhar aquilo que Deus já começou a fazer”, explica.

O pastor reconhece que ainda não temos “diversas outras características de avivamento”, mas acredita que o avivamento passa por ciclos. 


A primeira edição do The Send aconteceu em Orlando (EUA) em fevereiro de 2019. (Foto: The Send Brasil)

“Eu creio que hoje o Brasil está passando pelo primeiro ciclo, de despertamento dos santos. Esse despertamento dos santos é a Igreja voltando ao primeiro amor, que nos leva a sequência do segundo ciclo, a colheita por almas. Hoje a Igreja está crescendo e por mais que pessoas venham argumentar que ‘a Igreja cresce, mas será que há conversões genuínas?’, o importante é que no meio de muita coisa que está acontecendo, existem sim conversões genuínas”, esclarece.

Confira abaixo a entrevista completa do pastor Teófilo Hayashi ao Guiame:

Guiame: Qual impacto você acredita que o The Send irá causar no Brasil?

Teófilo Hayashi: Eu acredito que o impacto que o The Send vai causar no Brasil é de conscientização que nós somos uma massa evangélica gigantesca, mas ainda temos uma missão que é discipular uma nação. Não apenas crescer a Igreja Evangélica, mas fazer com que todas as coisas do Reino que estão acontecendo dentro das quatro paredes da igreja venham atingir a sociedade. 

Os nossos pais espirituais fizeram tanto por nós, agora cabe à nossa geração dar sequência e honrar o legado que eles construíram. Eu creio que a grande questão para a nossa geração é: depois deles terem derramado sangue, suor e joelho no chão para construir uma igreja evangélica tão forte, cabe a nós espalhar o Reino de Deus pelas esferas da sociedade.

Guiame: O The Send conseguiu reunir a principal liderança do País, transpondo as placas denominacionais. Como você enxerga isso?

Teófilo Hayashi: Eu acho que existe, muitas vezes, um estigma que a Igreja Evangélica não é unida. De certa maneira é verdade, mas eu vejo uma geração nova que cresceu em um mundo globalizado, que cresceu no mundo mais diversificado da história moderna, e eu creio que já está no nosso DNA não nos ater a certas limitações, rótulos. Portanto temos que tomar vantagem dessa geração, dos millennials, da geração Z, e da mentalidade na qual eles cresceram para justamente empurrar para a união da igreja evangélica. 

Hoje todos os jovens evangélicos — a maioria eu diria — têm redes sociais. E nas redes sociais, você não segue só pessoas da sua igreja, você não se relaciona só com pessoas da sua igreja. É natural que nessa era digital o jovem evangélico venha se relacionar com jovens cristãos de outras denominações. O mundo está assim. 

Nós temos que saber ler essas tendências e entender que sempre foi um clamor no coração de Jesus. Ele mesmo falava ‘até que vocês sejam um’. É o coração de Deus. Então nós temos que maximizar esse momento e empurrar para isso. 

Além disso, eu creio que a Igreja Evangélica hoje já está mais madura e realmente busca isso. As picuinhas, as fofocas, chega um momento que não dá para você ficar décadas em cima disso. Você tem que amadurecer e dar um passo para a frente. Eu creio que é isso o que nós estamos fazendo.


Teófilo Hayashi (direita) ao lado do missionário da JOCUM, Andy Byrd (esquerda), e do pastor Lou Engle (centro), no Camping World Stadium, em Orlando. (Foto: Instagram/Téo Hayashi)

Guiame: Como foi para você ver a proporção que o The Send tomou no Brasil, lotando três grandes estádios?

Teófilo Hayashi: Eu fiquei surpreendido. Para falar a verdade, nós não esperávamos que seria essa resposta. De certa maneira, sempre temos fé, mas uma parte da gente tenta ser realista para sermos mais pragmáticos e conseguirmos fazer aquilo que está sendo proposto.

Eu imaginei que passaríamos um ano inteiro tentando mobilizar para encher um estádio e, no final das contas, em menos de 6 horas o Estádio do Morumbi foi lotado, em menos de 3 dias o Allianz Parque foi lotado. Hoje nós estamos chegando no Estádio Mané Garrincha com uma demanda incrível; ainda não está lotado, mas há uma procura muito alta. Então foi surpreendente. Eu vejo tudo isso como um sinal daquilo que essa geração está buscando. 

A geração jovem evangélica está com fome, só está carecendo às vezes de um pouco mais de direção. Eu creio que, daqui a pouco, essa geração jovem evangélica vai se cansar de entretenimento gospel e não vai mais ficar presa a um cristianismo seguro, maneiro e moderno. Algo dentro do coração dessa geração daqui alguns anos vai despertar — já está despertando, mas vai só intensificar — em busca de um cristianismo que não é seguro. É um cristianismo que vai demandar uma entrega de vida. E eu oro para que isso venha cada vez mais acontecer, que venha chegar de maneira acelerada.

Guiame: Você acredita que um encontro como o The Send pode contribuir com o avivamento tão aguardado pelos brasileiros?

Teófilo Hayashi: Eu acredito que nós já estamos em um avivamento. Quando a gente fala de avivamento, existem diversas opiniões, diversos estudos, e eu respeito tudo isso. Mas na minha maneira de enxergar, eu creio que ver o crescimento da Igreja Evangélica no Brasil, ver o que a Igreja conseguiu fazer em prol da transformação no cenário político do Brasil, e pensar que nós não estamos no avivamento... É meio que não querer olhar aquilo que Deus já começou a fazer. 

Obviamente, há diversas outras características de avivamento que nós ainda não temos, e eu entendo isso também. Mas eu creio que são fases, eu creio que o avivamento também tem ciclos. Eu creio que hoje o Brasil está passando pelo primeiro ciclo, de despertamento dos santos. Esse despertamento dos santos é a Igreja voltando ao primeiro amor, que nos leva a sequência do segundo ciclo, a colheita por almas. Hoje a Igreja está crescendo e por mais que pessoas venham argumentar que ‘a Igreja cresce, mas será que há conversões genuínas?’, o importante é que no meio de muita coisa que está acontecendo, existem sim conversões genuínas. 

Eu creio que a Igreja está crescendo, vai haver mais plantações de igrejas, naturalmente essa segunda fase vai se expandir para missões e, eventualmente, o terceiro ciclo tem que ser a transformação social. Eu creio que nos próximos 20 anos nós vamos ver isso de maneira palpável no Brasil e nas nações.

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