Uma pesquisa realizada pelo YouGov — empresa líder de pesquisas de mercado com sede no Reino Unido — para o “Theos Think Tank”, mostrou que os britânicos não estão muito engajados com os valores cristãos.
Questionados sobre crenças religiosas específicas, os cristãos evangélicos são o grupo religioso menos tolerado quando se trata de liderança política na Grã-Bretanha.
Nos resultados, 67% dos entrevistados responderam que os católicos deveriam ocupar cargos políticos de alto escalão, 64% responderam que deveriam ser os muçulmanos e 62% dão preferência a judeus ortodoxos.
O número daqueles que dizem que os cristãos evangélicos deveriam liderar na política é de 53%, com 19% dizendo que eles não deveriam governar e 29% preferiu não responder.
Valores cristãos desprezados
A pesquisa também mostra que 50% das mais de 2.000 pessoas entrevistadas na Grã-Bretanha disseram que não concordam que alguém que se opõe ao casamento entre pessoas do mesmo sexo possa ter um cargo de liderança política (51% na Inglaterra e 44% na Escócia).
Entre os eleitores mais jovens (18-24), apenas 24% disse que alguém com essa visão do casamento deveria ser “autorizado a ocupar um cargo importante no governo”.
Além disso, 55% respondeu que ser contra o aborto desqualifica alguém para ocupar um cargo político de alto escalão.
‘Cristianismo é rejeitado na Escócia’
Houve um debate na Escócia em torno da candidatura da evangélica Kate Forbes para Primeira Ministra, e isso reforçou ainda mais que o cristianismo tem sido rejeitado no país.
Durante esse período de eleições, um espaço foi aberto para falar sobre o papel das crenças religiosas pessoais na liderança política.
Kate é Ministra das Finanças e frequentemente tem sido apontada como a sucessora de Nicola Sturgeon (que renunciou inesperadamente em janeiro).
Ela esteve no centro de um grande debate social e midiático sobre fé e política que transcendeu os limites do Partido Nacional Escocês (SNP).
A parlamentar é pró-vida, acredita na Bíblia e é membro da Igreja Livre da Escócia. Ela expressou suas dúvidas sobre a lei de auto-identificação de gênero aprovada em dezembro pelo governo do qual ela faz parte.
Além disso, Kate defende abertamente os valores cristãos, em especial o casamento somente entre homem e mulher.
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