Cartilha que alerta contra a ideologia de gênero é proibida nas escolas de Uberaba (MG)

O material elaborado estava sendo distribuído pelo vereador evangélico, Samuel Pereira (PR). Segundo ele, a cartilha tem o objetivo de alertar estudantes e suas respectivas famílias sobre os perigos da ideologia de gênero.

Fonte: Guiame, com informações do EstadãoAtualizado: terça-feira, 7 de junho de 2016 às 16:36
A cartilha tem o objetivo de alertar estudantes e suas respectivas famílias sobre os perigos da ideologia de gênero. (Foto: Estadão)
A cartilha tem o objetivo de alertar estudantes e suas respectivas famílias sobre os perigos da ideologia de gênero. (Foto: Estadão)

Após gerar debates nas redes sociais de todo o país, a distribuição da cartilha "Ideologia de Gênero - Entenda o risco que você e seus filhos estavam correndo" foi proibida nas escolas de Uberaba (MG), após decisão da secretária da Educação do município, Silvana Silva Pereira.

"Jamais permitiremos que concepções sectárias, de estímulo à intolerância e à discriminação, de incentivo à cultura do preconceito com as diferenças, sejam mediadas por nossas escolas", disse a secretária nas redes sociais.

O material elaborado estava sendo distribuído pelo vereador evangélico, Samuel Pereira (PR). Segundo ele, a cartilha tem o objetivo de alertar estudantes e suas respectivas famílias sobre os perigos da ideologia de gênero.

A distribuição do material veio após a aprovação de uma lei municipal, que proíbe as 'discussões sobre questões de gênero' em salas de aula e se baseia na aprovação desta nova lei.

"Pai e mãe, existem organizações muito ocupadas em destruir nossa família. Dizem que o povo é muito fora de moda e precisamos deixar os ensinamentos dos antigos e nos abrirmos às novidades", alerta a cartilha.

O vereador destacou que não cabe à escola, ensinar a seus alunos sobre temas como sexualidade e gênero.

“Quem ensina a criança sobre a orientação sexual e sobre o desenvolvimento dos filhos são os pais. A ideologia de gênero aplicada nas escolas denigre a família. A maioria dos professores, inclusive, não quer fazer essa aplicação em sala”, disse Samuel Pereira.

A secretária da educação disse que a distribuição da cartilha está proibida nas escolas da cidade.

"Temos equipe técnica, gestores , educadores e profissionais de apoio preparados e comprometidos com uma educação libertadora, solidária, pautada nos princípios da igualdade, da ética e da justiça, que não se dobrarão a nada que venha interferir no processo educacional sem o aval do coletivo, do sentimento democrático, amplamente discutido e constitucionalmente fundamentado. Nossa escola é laica e assim continuará", destacou Silvana Pereira.


Ideologia de gênero e seus efeitos
Ao que tudo indica, Samuel Pereira não é uma voz solitária ao alertar sobre os perigos da ideologia de gênero. Além da psicóloga cristã paranaense Marisa Lobo e do procurador federal Guilherme Schelb, o Colégio Americano de Pediatria dos Estados Unidos chegou a apontar a doutrinação ideológica como um tipo de abuso infantil.

"Condicionar crianças a acreditarem que uma vida de representação química e cirúrgica para mudança de sexo é normal e saudável é um abuso contra a infância", disse a organização.

O Serviço de Tratamento de Transtornos de Identidade de Gênero, prestado pelo Serviço Nacional de Saúde no Reino Unido, também registrou dados alarmantes, divulgados em março de 2016. As estatísticas da organização apontam que o número de crianças submetidas a tratamento no Serviço Nacional de Saúde do Reino Unido deu um salto de 1.000% nos últimos cinco anos.

 

 

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