Crise em grande escala: ONU diz que conflito no Sudão pode atingir outras 7 nações

Conforme António Guterres, essa luta pode gerar um intenso sofrimento e comprometer o desenvolvimento de vários países.

Fonte: Guiame, com informações da Jovem PanAtualizado: quinta-feira, 27 de abril de 2023 às 15:14
António Guterres. (Foto: Flickr/UNclimatechange)
António Guterres. (Foto: Flickr/UNclimatechange)

António Guterres, secretário-geral da ONU, disse durante uma reunião do Conselho de Segurança da Organização, que a luta pelo poder no Sudão pode gerar um “imenso sofrimento” nos próximos anos. 

Guterres afirma que ambos os lados estão violando as regras de guerra. O conflito entre o Exército e o grupo paramilitar — Forças de Apoio Rápido (FAR), pode desestabilizar toda a região e desencadear uma crise em grande escala. 

“A perspectiva de uma guerra prolongada e em grande escala é insuportável”, ele afirmou ao lembrar que em dez dias de conflito, 427 civis morreram e 3,7 mil ficaram feridos. 

Outras nações podem ser atingidas

“A luta pelo poder no Sudão não está apenas colocando em risco o futuro do país, mas está acendendo um fogo que pode se espalhar além das fronteiras”, disse ainda.

Guterres também considera o “atraso no desenvolvimento em décadas”, ressaltou ao mencionar os sete países que fazem fronteira com o Sudão e que certamente serão prejudicados.

Além disso, o país é a entrada para o Sahel, considerada uma das regiões mais instáveis do mundo e que passa por grave crise humanitária. O secretário pediu para que os dois lados respeitem a trégua de 72 horas intermediada pelos Estados Unidos e que concordem com o fim das hostilidades.

Missionários fazem de tudo para ajudar

O Guiame publicou na quarta-feira (26), que apesar da situação difícil no Sudão, muitos missionários de ONGs optaram por ficar no país para dar sequência aos seus trabalhos de ajuda. 

“Estamos preocupados com o conflito e o efeito que isso terá na população civil”, disse Stephanie Draper, diretora executiva da Bond, que representa 400 organizações globais de combate à pobreza.

Ela compartilha que algumas de suas agências estão permanecendo e algumas estão saindo dependendo de seu trabalho, como o International Medical Corps, que pretende continuar sua missão.

“A decisão de ficar ou partir é uma questão de oração e também de esperança”, concluiu a radialista Caroline Duffield, que é ex-correspondente internacional na África.

Este conteúdo foi útil para você?

Sua avaliação é importante para entregarmos a melhor notícia

Siga-nos

Mais do Guiame

O Guiame utiliza cookies e outras tecnologias semelhantes para melhorar a sua experiência acordo com a nossa Politica de privacidade e, ao continuar navegando você concorda com essas condições