António Guterres, secretário-geral da ONU, disse durante uma reunião do Conselho de Segurança da Organização, que a luta pelo poder no Sudão pode gerar um “imenso sofrimento” nos próximos anos.
Guterres afirma que ambos os lados estão violando as regras de guerra. O conflito entre o Exército e o grupo paramilitar — Forças de Apoio Rápido (FAR), pode desestabilizar toda a região e desencadear uma crise em grande escala.
“A perspectiva de uma guerra prolongada e em grande escala é insuportável”, ele afirmou ao lembrar que em dez dias de conflito, 427 civis morreram e 3,7 mil ficaram feridos.
Outras nações podem ser atingidas
“A luta pelo poder no Sudão não está apenas colocando em risco o futuro do país, mas está acendendo um fogo que pode se espalhar além das fronteiras”, disse ainda.
Guterres também considera o “atraso no desenvolvimento em décadas”, ressaltou ao mencionar os sete países que fazem fronteira com o Sudão e que certamente serão prejudicados.
Além disso, o país é a entrada para o Sahel, considerada uma das regiões mais instáveis do mundo e que passa por grave crise humanitária. O secretário pediu para que os dois lados respeitem a trégua de 72 horas intermediada pelos Estados Unidos e que concordem com o fim das hostilidades.
Missionários fazem de tudo para ajudar
O Guiame publicou na quarta-feira (26), que apesar da situação difícil no Sudão, muitos missionários de ONGs optaram por ficar no país para dar sequência aos seus trabalhos de ajuda.
“Estamos preocupados com o conflito e o efeito que isso terá na população civil”, disse Stephanie Draper, diretora executiva da Bond, que representa 400 organizações globais de combate à pobreza.
Ela compartilha que algumas de suas agências estão permanecendo e algumas estão saindo dependendo de seu trabalho, como o International Medical Corps, que pretende continuar sua missão.
“A decisão de ficar ou partir é uma questão de oração e também de esperança”, concluiu a radialista Caroline Duffield, que é ex-correspondente internacional na África.
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