Em Nova York, hospitais implementam programa que permite a realização de abortos em casa

O prefeito da cidade de Nova York lançou um serviço que oferece o aborto a domicilio através de teleatendimento.

Fonte: Guiame, com informações do Site oficial da cidade de Nova YorkAtualizado: sexta-feira, 20 de outubro de 2023 às 15:14
Eric Adams, prefeito da cidade de Nova York. (Foto: Reprodução/YouTube/NYC Mayor's Office)
Eric Adams, prefeito da cidade de Nova York. (Foto: Reprodução/YouTube/NYC Mayor's Office)

No dia 2 de outubro, Eric Adams, prefeito da cidade de Nova York (Estados Unidos) e o sistema municipal de saúde NYC Health + Hospitals lançaram o acesso ao aborto por telessaúde por meio do “Virtual ExpressCare”.

O programa permite que pacientes em Nova York agendem uma consulta virtual e falem com provedores por vídeo ou telefone, de sua própria residência, tornando-se o primeiro sistema de saúde pública dos EUA a oferecer o serviço. 

A partir disso, se o caso for aprovado, os pacientes poderão receber um kit de aborto medicamentoso em seu endereço dentro de alguns dias.

Segundo o site oficial da cidade de Nova York, o novo serviço de aborto por telessaúde é disponibilizado para pacientes clinicamente elegíveis com até 10 semanas de gravidez.

Essas mulheres precisam atestar que estão na cidade no momento da ligação e precisam comprovar que tomarão a medicação na região. Também há a opção de receber pelo correio mediante a comprovação da localidade.

Declarações das autoridades

Em discurso na Câmara Municipal, o prefeito Eric Adams afirmou: "Tenho o orgulho de anunciar outra novidade para qualquer governo municipal: o acesso à assistência ao aborto agora estará disponível por meio de visitas de telessaúde nos NYC Health + Hospitals, no conforto da casa. Nunca pararemos de trabalhar para tornar a assistência ao aborto mais acessível a todas as nova-iorquinas”. 

Harvey Epstein, membro da Assembleia do Estado de Nova York, disse que a ação complementa seu projeto de lei de oferecer o acesso ao aborto para jovens estudantes dentro de suas instituições de ensino:

"Esta ação complementa meu projeto de lei A1395C recentemente promulgado, que expandiu o acesso à saúde reprodutiva para estudantes em CUNY & SUNY campi, exigindo que as escolas ofereçam aborto medicamentoso no campus ou encaminhamento para um provedor próximo, incluindo provedores de telessaúde”.

Com a introdução do acesso ao aborto, Wendy Stark, CEO da filial de Nova York da Planned Parenthood, anunciou o lançamento de seu próprio Centro de Saúde Virtual para residentes do estado de Nova York.

“Os cuidados de saúde, desde a contracepção — incluindo a contracepção de emergência — até à terapia hormonal de afirmação de gênero, serão acessíveis aos nova-iorquinos em todo o estado com o toque de um botão”.

Pró-vida

Desde que a Suprema Corte dos EUA derrubou a lei pró aborto conhecida como “Roe V. Wade”, em junho do ano passado, muitos salvou bebês foram salvos. 

A decisão da Suprema Corte abriu caminho para os estados proibirem o acesso ao aborto, marcando o primeiro movimento nessa direção em quase meio século. Em resposta a essa decisão, estados conservadores rapidamente aprovaram várias leis restritivas, enquanto outros estados se mobilizaram para preservar o acesso ao aborto.

Segundo um relatório do WeCount, divulgado em 15 de junho, mais de 25 mil abortos deixaram de ser feitos após quase 1 ano da decisão histórica.

Este ano, a Sociedade de Planejamento Familiar também divulgou um estudo que apontou que mais de 32.000 bebês foram salvos. A pesquisadora Tessa Longbons, associada do Charlotte Lozier Institute, destacou que as leis pró-vida estão "salvando vidas".

"Isso significa que os bebês estão sendo salvos e as mães protegidas dos danos do aborto”, disse ela na época.

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