Ensino de ideologia de gênero nas escolas é aprovado pela Câmara Municipal de SP

Por ter ocorrido numa segunda votação, o projeto seguirá para sanção ou veto do prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes (MDB).

Fonte: Guiame, com informações do BSMAtualizado: segunda-feira, 28 de junho de 2021 às 14:32
Palácio Anchieta Câmara Municipal de São Paulo. (Foto: André Bueno / CMSP)
Palácio Anchieta Câmara Municipal de São Paulo. (Foto: André Bueno / CMSP)

Os vereadores de São Paulo aprovaram, na noite de quarta-feira (23), em segunda votação, o Projeto de Lei nº 197/2018, que cria o Marco Regulatório Municipal da Economia Solidária, de autoria do vereador Eduardo Suplicy (PT). O projeto recebeu 39 votos favoráveis e 16 contrários.

Segundo matéria do BSM (Brasil Sem Medo), pouco antes da votação, o parlamentar apresentou um texto substitutivo do projeto original incluindo a imposição do ensino da ideologia de gênero nas escolas municipais.

O petista incluiu no inciso VIII, do artigo 3, no substitutivo a "garantia de direitos e promoção dos direitos humanos nas relações, notadamente com equidade de direitos de gênero, geração, raça, etnia, orientação sexual e identidade de gênero". Já no artigo 10, Suplicy incluiu no §2º "os estabelecimentos de ensino da Rede Municipal de Educação deverão abordar, de forma interdisciplinar, o conteúdo e os princípios da Economia Solidária".

Dessa forma, através do ensino de "Economia Solidária", foi inserido para dentro das escolas o ensino da chamada ideologia de gênero, que ensinará a crianças a tese da inexistência de homem e mulher, afirmando a maleabilidade sexual, teoria que embasa mudanças de sexo e promove erotização em crianças. A teoria do gênero vem sendo rejeitada amplamente pela população brasileira, embora goze de popularidade entre ativistas e universitários.

Em 2015, tentativas de inserção da ideologia em planos estaduais e municipais de educação levou a uma campanha popular de rejeição às teorias do gênero.

Para o vereador Rinaldi Digilio (PSL), houve um avanço desnecessário do projeto para que ocorresse a aprovação. O parlamentar pontuou que votou contrário ao projeto, mas afirma que alguns dos seus colegas não perceberam as emendas que Suplicy inseriu no texto final.

“"Eu votei contrário a esse absurdo, mas tenho certeza de que muitos nem perceberam. Esse projeto abre brecha para que a ideologia de gênero, enfim, entre nas escolas municipais, depois de uma longa batalha travada para evitar que isso aconteça", Digilio.

Por ter ocorrido numa segunda votação, o projeto seguirá para sanção ou veto do prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes (MDB). Rinaldi Digilio pontuou que espera que o gestor vete o projeto e lançou um abaixo-assinado digital para pressionar Nunes a vetar a matéria.

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