Homossexuais pagam por ‘barrigas de aluguel’ e teólogo alerta: “Comércio de bebês”

“Uma das coisas mais importantes que precisa ser dita na cultura insana de hoje é que as crianças precisam de uma mãe e de um pai”.

Fonte: Guiame, com informações do Christian PostAtualizado: quinta-feira, 7 de dezembro de 2023 às 12:57
Bebê na maternidade. (Foto representativa: Unsplash/Christian Bowen)
Bebê na maternidade. (Foto representativa: Unsplash/Christian Bowen)

A ideia de “dois pais” que pagam para uma mulher servir de barriga de aluguel virou debate entre os conservadores e levantou preocupações importantes sobre substituir pai e mãe por uma estrutura que a Bíblia condena.

Em sua coluna no Christian Post, William Wolfe, historiador, mestre em Divindade e ex-funcionário do Pentágono, nos EUA, onde atuou como diretor do Departamento de Estado, levantou algumas questões sobre a visão cristã da barriga de aluguel.

“Qual é a visão cristã da barriga de aluguel em geral? Qual deveria ser a nossa resposta quando vemos casais homossexuais comprando bebês com a intenção explícita de negar-lhes mãe e pai? Como devem os conservadores políticos lidar com o problema?”.

Em seu artigo ele lembrou da postagem de Allie Beth Stuckey, uma apresentadora de podcast e palestrante: “Ela postou no X (antigo Twitter) que a ideia de que dois pais podem substituir uma mãe ou que duas mães podem substituir um pai, é tão absurda quanto dizer que mulheres trans são mulheres”.

‘Crianças precisam de mãe e pai’

Para Wolfe, as pessoas deveriam achar estranho quando um gay anuncia que “está criando um filho órfão de mãe” e disse que “uma das coisas mais importantes que precisa ser dita na cultura insana de hoje é que as crianças precisam de uma mãe e de um pai”.

“Uma posição conservadora rejeita a barriga de aluguel com base nos direitos naturais e evidentes da criança, seu direito à vida, à mãe e ao pai, de nascer livre e não comprado e vendido. A criança é a parte sem voz no acordo que nunca consentiria com a perda intencional de sua mãe”, disse Katy Faust, presidente do grupo de defesa da criança “Them Before Us” e autora do livro “Eles antes de nós: por que precisamos de um movimento global pelos direitos das crianças”.

‘Em desacordo com a compreensão cristã’

O posicionamento bíblico quanto à questão da barriga de aluguel, portanto, deveria ser mais firme e incisivo, já que “mercantiliza a vida humana”, conforme destaca o autor do texto.

“Transforma os portadores de imagens em ‘produtos de design’, reduzindo uma criança feita à imagem de Deus a um artefato que pode ser comprado e vendido ao critério daqueles que têm o poder e os meios para o fazer”, continuou.

“Isto está fundamentalmente em desacordo com a compreensão cristã da dignidade humana. O bom desígnio de Deus para a reprodução dos portadores da sua imagem, no seu mundo, acontece através do processo natural da gravidez dentro da união comprometida e monogâmica de um homem e uma mulher, ou seja, o casamento”, explicou Wolfe.

“A barriga de aluguel ignora tudo isso e oferece à humanidade uma chance de ‘brincar de Deus’ sobre a vida humana. Nos acordos de barriga de aluguel, a criança não pode dar consentimento, ela nasce através de um contrato e é então entregue aos seus compradores. Só isso já é uma clara violação dos direitos da criança perante Deus e os homens”, disse.

“Casais homossexuais pervertem a ordem natural, privando a criança do direito de conhecer e ser criada pelos seus pais biológicos. Homens e mulheres, pais e mães, não são intercambiáveis. Eles nunca foram e nunca serão. Portanto, os cristãos deveriam corretamente ver a barriga de aluguel para casais homossexuais como outro exemplo de um ataque antibíblico à natureza binária da biologia humana e da sexualidade”, completou.

A adoção é bíblica, a barriga de aluguel não é

Segundo Wolfe, é importante contrastar a barriga de aluguel com a adoção. A adoção é uma prática que existe há milhares de anos e tem como objetivo colocar as crianças em lares amorosos, devido a circunstâncias fora do seu controle. É uma resposta a uma tragédia e busca proporcionar o melhor resultado possível para a criança.

“Embora existam problemas reais no sistema de adoção moderno, a adoção de crianças que ficaram órfãs devido a circunstâncias trágicas e imprevistas pode servir como um maravilhoso reflexo do Evangelho”, afirmou.

“Em contraste, a barriga de aluguel, mais uma vez, envolve o ato intencional de gerar um bebê para vender a outra pessoa. Não é uma resposta a uma tragédia, mas sim um ato deliberado que mercantiliza a vida humana. Não há nenhuma imagem do Evangelho encontrada em nenhum lugar deste ato”, disse ainda.

Conclusão

“Da perspectiva cristã, a barriga de aluguel levanta preocupações éticas e morais significativas. Mercantiliza a vida humana, viola os direitos da criança e perturba a ordem natural da paternidade”, resume o autor.

“Como tal, os cristãos deveriam compreender a barriga de aluguel como fundamentalmente imoral, antiética e pecaminosa. E de uma perspectiva conservadora, a verdade é que não há nada de ‘conservador’ em participar ou celebrar a destruição e perversão contínua da família natural”, destacou.

“Como disse Daniel Strand, professor assistente de ética no Air War College e presidente de ética da Air University: “Um conservadorismo que desiste da família natural é um conservadorismo profundamente comprometido”.

“Os cristãos devem rejeitar o conservadorismo comprometido e sem Cristo e exigir que o movimento político ao qual estamos mais intimamente associados retorne às fundações centradas em Cristo. Lembre-se, quando se trata da ordem moral da sociedade, ou é Cristo ou é o caos”, conclui.

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