A Igreja Episcopal Anglicana de Caxias do Sul, no Rio Grande do Sul, ordenou um sacerdote gay pela primeira vez.
Auderli Sidnei Schoroeder, de 52 anos, foi consagrado ao presbitério no dia 15 de dezembro, durante uma celebração eucarística.
Sidnei atuava como diácono na Paróquia Anglicana Virgem Maria desde 2022, defendendo a inclusão da comunidade LGBT na igreja.
O sacerdote, que também atua como guia turístico em Caxias do Sul, pendurou uma bandeira LGBT na entrada do templo desde que começou a atuar na paróquia.
Em publicações nas redes sociais, o líder alega que a homossexualidade não é pecado e que sua paróquia é uma “igreja da inclusão”.
“Ser ordenado na Igreja Episcopal Anglicana do Brasil é uma expressão do acolhimento e do amor de Deus, que se manifesta na compaixão, solidariedade e inclusão de todos, sem distinção de raça, orientação sexual ou gênero”, declarou Auderli Sidnei.
A Paróquia Anglicana Virgem Maria é ligada à Igreja Episcopal Anglicana do Brasil, que foi uma das primeiras igrejas a permitir a ordenação de pessoas homossexuais e a apoiar o casamento entre pessoas do mesmo sexo.
Anglicanos contra falso Evangelho
Em 2023, pastores anglicanos conservadores na África contestaram a decisão da Igreja da Inglaterra de permitir que o clero abençoe os casamentos de casais do mesmo sexo, alertando que a medida coloca a Comunhão Anglicana mundial em risco de divisão.
A votação do Sínodo Geral da Igreja da Inglaterra em fevereiro daquele ano, permitiu orações e liturgias em casamentos civis LGBTQ. A Igreja inglesa juntou-se à Igreja Episcopal da América, à Igreja Anglicana do Canadá, à Igreja do País de Gales, à Igreja Episcopal Escocesa, à Igreja Episcopal do Brasil e a algumas outras congregações que concordam com o reconhecimento de todos os casamentos civis.
“Agora a Igreja da Inglaterra se afastou da Bíblia e sua mensagem é o oposto. Eles estão até se oferecendo para abençoar esse pecado. Deus não abençoa o que Ele chama de pecado. Isso está errado”, declarou o bispo Stephen Samuel Kaziimba Mugalu, de Uganda.
Depois que a Igreja Episcopal na América apoiou a posse do bispo Gene Robinson, um homem que se declarou gay, como líder de New Hampshire, a província da Uganda rompeu a comunhão com a igreja americana.
Em 2018, durante a Conferência Global do Futuro Anglicano (GAFCON), representantes da igreja fizeram um apelo ao Arcebispo da Cantuária, Justin Welby, para que reafirme o ensino claro da Bíblia de acordo com a ortodoxia anglicana histórica, em uma carta direcionada às igrejas da comunhão anglicana.
No documento, os líderes citam as ameaças ao Evangelho dentro da comunhão anglicana, apontando a rejeição da Igreja Episcopal dos EUA ao ensino bíblico sobre a sexualidade e o fracasso dos anciãos anglicanos em exercer a disciplina necessária.
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