O Irã respondeu nesta quarta-feira (8) ao ataque dos Estados Unidos que matou um comandante da Guarda Revolucionária, disparando uma série com mais de 12 mísseis balísticos contra duas bases militares no Iraque que abrigam tropas americanas em uma grande escalada entre os dois inimigos de longa data.
Foi o ataque mais direto do Irã aos Estados Unidos desde a apreensão da Embaixada dos EUA em Teerã, em 1979, e a TV estatal iraniana disse que estava em vingança pelo assassinato do general da guarda revolucionária Qassem Soleimani, cometido pelos EUA.
A morte na do general iraniano na semana passada em um ataque de drone americano perto de Bagdá provocou ordens furiosas do Irã para vingar sua morte.
Autoridades norte-americanas e iraquianas disseram que não houve relatos imediatos de vítimas, embora os edifícios ainda estejam sendo revistados. O governo iraquiano confirmou mais tarde que não havia vítimas entre as forças iraquianas.
Mais tarde, um apresentador da televisão estatal iraniana alegou, sem oferecer provas, que os ataques mataram "pelo menos 80 soldados terroristas dos EUA" e também danificaram helicópteros, drones e outros equipamentos na base aérea de Ain al-Asad.
Os ataques, que ocorreram quando o Irã enterrou Soleimani, levantaram temores de que os dois inimigos de longa data estivessem mais perto da guerra. Mas havia algumas indicações de que não haveria retaliação adicional de nenhum dos lados, pelo menos no curto prazo.
"Está tudo bem!", tuitou o presidente Donald Trump logo após os ataques com mísseis, lançados pelo Irã, acrescentando: "Até agora, está tudo bem", em relação às vítimas. Momentos antes, o ministro das Relações Exteriores do Irã tuitou que Teerã (capital iraniana) havia tomado "e concluído medidas proporcionais em legítima defesa", acrescentando que Teerã "não buscava escalada", mas se defenderia de novas agressões.
Em Teerã, o líder supremo aiatolá Ali Khamenei chamou o ataque com mísseis contra as bases dos EUA no Iraque de "um tapa na cara" dos americanos, acrescentando que a retaliação militar não seria uma boa ideia.
"A presença corrupta dos EUA na região deve chegar ao fim", disse ele.
Contextualização
Com um governo oficialmente islâmico, atualmente, o Irã é classificado pela Missão Portas Abertas como o nono maior perseguidor de cristãos do mundo, se tornando assim um grande violador de direitos humanos fundamentais. Em sua lista mundial, o grupo de ajuda à Igreja Perseguida classifica o governo do país como "opressor", "paranoico" e "ditatorial".
Apesar da intensa perseguição religiosa no país, a igreja do Irã ainda é uma das que mais cresce no mundo e pastores locais têm relatado cada vez mais um avivamento.
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