Itamaraty presta apoio à família de brasileira morta em ataque terrorista na França

Simone Barreto Silva tinha 44 anos e foi assassinada no ataque terrorista à basílica Notre-Dame, em Nice. A brasileira deixa três filhos.

Fonte: Guiame, com informações do EstadãoAtualizado: sexta-feira, 30 de outubro de 2020 às 12:43
Simone Barreto Silva foi assassinada por um terrorista que atacou na Basílica de Nice, na última quinta-feira, 29. (Foto: Reprodução/Facebook/Simone Barreto Silva)
Simone Barreto Silva foi assassinada por um terrorista que atacou na Basílica de Nice, na última quinta-feira, 29. (Foto: Reprodução/Facebook/Simone Barreto Silva)

Na noite da última quinta-feira (29), o governo brasileiro informou que entre as vítimas do ataque ocorrido na basílica de Nice, na França, está uma brasileira e repudiou com veemência a ação terrorista, que matou três pessoas e feriu várias outras. O criminoso matou três pessoas, usando uma faca.

"O governo brasileiro deplora e condena veementemente o atroz atentado ocorrido hoje dentro da Basílica Notre-Dame de Nice, na França, onde um terrorista assassinou três pessoas", diz nota divulgada pelo Itamaraty em seu site oficial.

"O presidente Jair Bolsonaro, em nome de toda a nação brasileira, apresenta suas profundas condolências aos familiares e amigos da cidadã assassinada em Nice, bem como aos das demais vítimas, e estende sua solidariedade ao povo e governo franceses", acrescenta.

A Rádio França Internacional também informou que a baiana Simone Barreto Silva tinha 44 anos e já morava na França há cerca 30 anos. A brasileira deixa três filhos.

Em sua nota, o Itamaraty informou que, por meio do Consulado-Geral em Paris, está prestando assistência consular à família da cidadã brasileira assassinada pelo terrorista.

Segundo o jornal francês Le Parisien, pelo menos uma das vítimas foi degolada pelo terrorista, que após o ataque, tentou se esconder em um banheiro dentro da igreja, mas foi baleado e preso pela polícia.

Terrorismo na França

Ainda de acordo com o Le Parisien, o prefeito de Nice, Christian Estrosi, teria afirmado que enquanto era socorrido em razão do ferimento a bala, o terrorista repetia a frase "Allahu Akbar" ("Alá é grande", em português).

Em uma publicação no Twitter, Estrosi comparou o ataque ocorrido em Nice ao do professor Samuel Paty, que também foi assassinado há 13 dias por um adolescente muçulmano após mostrar caricaturas do profeta Maomé durante uma aula.

O texto do Itamaraty também destacou que o Brasil repudia o terrorismo em suas diversas formas e reafirmou o compromisso do governo, por meio do Ministério das Relações Exteriores, em trabalhar em favor da liberdade religiosa e de expressão.

“O Brasil expressa seu firme repúdio a toda e qualquer forma de terrorismo, independentemente de sua motivação, e reafirma seu compromisso de trabalhar no combate e erradicação desse flagelo, assim como em favor da liberdade de expressão e da liberdade religiosa em todo o mundo”, diz o texto. “Neste momento, o Governo brasileiro manifesta em especial sua solidariedade aos cristãos e pessoas de outras confissões que sofrem perseguição e violência em razão de sua crença”.

Frente Parlamentar pela Liberdade Religiosa

No Brasil, outras autoridades políticas também se posicionaram, como no caso do deputado federal Roberto de Lucena (Podemos-SP). Em uma publicação feita em suas redes sociais, o parlamentar que também é pastor e atual presidente da do Grupo Parlamentar Brasil-ONU e da Frente Parlamentar de Direitos Humanos, expressou sua indignação com o ataque e afirmou que está em oração pela população francesa e pela família de Simone.

“O mundo mais uma vez se vê refém do extremismo e da intolerância. Os países precisam se unir contra esse mal, que ameaça a paz mundial e ceifa vidas inocentes. Hoje, minhas orações serão pelo povo francês e pela família da vítima Simone Barreto Silva, brasileira que residia no país europeu, tinha 40 anos, e era mãe de três filhos”, escreveu Lucena. “O Brasil está no caminho certo ao afirmar, através do Itamaraty, seu compromisso de trabalhar contra o terrorismo no mundo e a favor da liberdade religiosa”.

“Através do Grupo Parlamentar Brasil-ONU e da Frente Parlamentar pela Liberdade Religiosa podemos contribuir, através do Parlamento, para conscientizar acerca da intolerância exercida contra os cristãos, em vários países do globo terrestre, e ajudar a achar soluções para o enfrentamento dessa mazela social”, finalizou.

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