A Justiça Federal liberou a exibição do filme de Danielo Gentili com cena de pedofilia nas plataformas de streaming, nesta terça-feira (5).
A juíza Daniela Berwanger Martins, da 7ª Vara Federal do Rio de Janeiro, suspendeu a ordem do Ministério da Justiça e Segurança Pública, da Secretaria Nacional do Consumidor e do Departamento de Proteção e de Defesa do Consumidor, que determinou a remoção do filme “Como se tornar o pior aluno da escola” das plataformas Netflix, Google Play, YouTube, Amazon Prime e Apple.
De acordo com o jornal O Globo, a juíza compreendeu que a suspensão da produção de Gentili não era mais necessária já que a classificação indicativa do filme foi alterada. A ação acontece após pedidos de liminar do Ministério Público Federal e da Associação Brasileira de Imprensa.
No dia 16 de março, o Ministério da Justiça e Segurança Pública mudou a classificação do filme de 14 anos para 18 anos. Segundo o Ministério, a alteração ocorreu devido a alguns trechos com conteúdo de coação sexual/estupro, ato de pedofilia e situação sexual complexa.
O Ministério da Justiça e Segurança Pública ordenou a remoção do filme “Como se tornar o pior aluno da escola”, dos catálogos das plataformas de streaming no Brasil, no dia 15 de março.
A medida, em caráter cautelar, aconteceu após a produção ter sido apontada como apologia à pedofilia devido a cena que retrata com humor o abuso sexual de um professor, interpretado por Fabio Porchat, contra dois alunos adolescentes. O filme, produzido pelo humorista Danilo Gentili, causou uma onda de repúdio nas redes sociais.
Lançado em 2017, “Como se tornar o pior aluno da escola” conta a história de Pedro, um menino que encontra um diário ensinando como causar um caos no colégio sem ser pego, e decide colocar o plano em ação com seu amigo Bernardo. A narrativa é baseada no livro de Danilo Gentili, publicado em 2009 com o mesmo nome.
Na cena polêmica, que viralizou nas redes sociais, o professor Cristiano assedia sexualmente Pedro e Bernardo, pedindo que o masturbem para não serem prejudicados na escola.
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