Líderes cristãos pedem ao FMI e Banco Mundial que cancelem dívidas de nações mais pobres

A carta foi enviada ao Banco Mundial e ao FMI antes de discutirem a dívida das nações mais pobres, como parte do planejamento para a recuperação econômica global.

Fonte: Guiame, com informações do Christian TodayAtualizado: quarta-feira, 14 de outubro de 2020 às 14:53
Nyamuot Joak segura sua filha de um ano, que sofre de desnutrição e está sendo tratada em uma clínica cristã no Sudão do Sul. (Foto: Andreea Campeanu/DEC)
Nyamuot Joak segura sua filha de um ano, que sofre de desnutrição e está sendo tratada em uma clínica cristã no Sudão do Sul. (Foto: Andreea Campeanu/DEC)

Líderes cristãos de diversos países fizeram um apelo conjunto ao Fundo Monetário Internacional (FMI) e ao Banco Mundial para cancelar as dívidas dos países em desenvolvimento enquanto lutam com a Covid-19.

Entre os signatários estão a Dra. Isabel Apawo Phiri, vice-secretária geral do Conselho Mundial de Igrejas, o Bispo Josiah Idowu-Fearon, secretário geral da Comunhão Anglicana, o Rev. Fidon Mwombeki, secretário geral da Conferência de Igrejas de Toda a África e Alessandra Smerilli, coordenadora da força-tarefa de economia da Comissão do Vaticano para Covid-19.

A carta foi enviada ao Banco Mundial e ao FMI antes de suas reuniões anuais, que acontecerão de 16 a 18 de outubro, quando as duas instituições deverão discutir o alívio da dívida das nações mais pobres como parte do planejamento para a recuperação econômica global. 

O Banco Mundial alertou recentemente que a pandemia “ameaça empurrar mais de 100 milhões de pessoas para a pobreza extrema e está agravando a desigualdade em todo o mundo”.

Os líderes cristãos alertam sobre a “devastação” causada pela pandemia nos países pobres e lamentam que eles estejam tendo que gastar recursos preciosos no pagamento de dívidas, em vez de lutar contra a Covid-19. 

“Enquanto nossos governos fazem tudo o que podem para responder à pandemia, testemunhamos a injustiça em andamento do dinheiro que é tão desesperadamente necessário para remédios, equipamentos de proteção individual, suprimentos alimentares de emergência e redes de segurança social ainda estar sendo desviado para o pagamento de dívidas”, escreveram eles . 

Os líderes apelam às instituições para mostrarem uma “liderança corajosa”, cancelando as dívidas para liberar os recursos financeiros necessários “para evitar que milhões de irmãs e irmãos sejam desnecessariamente empurrados para a pobreza pela pandemia”.

“Sem o cancelamento das dívidas, permanece o grave risco de que os países em desenvolvimento não tenham o dinheiro tão desesperada e urgentemente necessário para conter a propagação do vírus, tratar as pessoas que sofrem do vírus e para amenizar e se recuperar do risco de destruição econômica e social ameaçada pelo vírus”, afirmam. 

A carta foi coordenada por ONGs globais, incluindo a CAFOD, Christian Aid e CIDSE.

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