Uma pesquisa realizada pelo Pew Research Center investiga se os textos religiosos devem influenciar as leis do país. Segundo o instituto americano, a consulta foi realizada em 35 países, incluindo o Brasil.
O objetivo da pesquisa é entender a influência de textos religiosos específicos nas leis de cada nação.
Esses textos variaram conforme o país: por exemplo, em países com predominância cristã, os adultos foram questionados sobre a influência da Bíblia. Já em países de maioria muçulmana, como a Tunísia, a pergunta foi sobre a influência do Alcorão.
Em países como EUA, Canadá, França, Alemanha, Grécia, Hungria, Itália, Holanda, Polônia, Espanha, Suécia, Reino Unido e Austrália, a base dos textos sagrados é a Bíblia.
Da mesma forma, nas Filipinas, Coreia do Sul, Gana, Quênia, Nigéria, África do Sul, Argentina, Brasil, Chile, Colômbia, México e Peru.
Renda média
Em países de renda média, a maioria acredita que os textos religiosos devem ter grande influência na legislação, mostrando que a fé desempenha um papel significativo na vida das pessoas.
“As pessoas são mais propensas a dizer que os textos religiosos devem ter precedência sobre a vontade do povo se os dois entrarem em conflito”, explica o Pew sobre os países de renda média.
“Muitos dizem que os textos religiosos já têm muita ou uma quantidade razoável de influência nas leis de seus países hoje”.
Renda alta
De outro lado, em países de alta renda, a maioria prefere que as leis não sejam afetadas por textos religiosos.
“A maioria das pessoas diz que os textos religiosos atualmente têm pouca ou nenhuma influência nas leis de seu país”, relata o Pew.
Nos EUA, uma alta porcentagem de pessoas (49%) acredita que a Bíblia já influencia as leis e que deveria continuar assim.
Brasil e Israel
No Brasil, a maioria da população acredita que os textos religiosos devem influenciar as leis nacionais, indicando uma forte ligação entre religião e política no país.
Segundo a Pew, isso reflete uma tendência encontrada em muitos países de renda média, onde a religião desempenha um papel significativo na vida das pessoas.
Em quase todos os países com uma quantidade suficiente de cristãos e adultos não afiliados religiosamente para análise, os cristãos são mais propensos do que os não afiliados (aqueles que se identificam como ateus, agnósticos ou “nada em particular”) a afirmar que a Bíblia deve ter uma grande influência na legislação.
É o caso do Brasil, onde 58% dos cristãos dizem isso sobre a influência da Bíblia, em comparação com 34% dos não afiliados religiosamente.
Em Israel, 19% dos judeus e 5% dos muçulmanos acreditam que as escrituras judaicas devem ter grande influência nas leis israelenses. E 52% dos judeus Haredi (“ultraortodoxos”) e Dati (“religiosos”) dizem que as escrituras judaicas devem influenciar muito a lei nacional, em comparação com apenas 10% dos judeus Masorti (“tradicionais”) e 2% dos judeus Hiloni (“seculares”) que dizem isso.
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