Em meio à guerra entre Israel e Hamas, mais de 180.000 pessoas em toda a França, sendo 100.000 só em Paris, marcharam pacificamente para protestar contra o aumento do antissemitismo, conforme notícias do Religion News.
O ataque contra judeus aumentou em vários países do mundo. No Brasil, conforme o Guiame publicou em 8 de novembro, casos de antissemitismo aumentaram em 1.200%.
Casas de judeus, na Alemanha, foram marcadas com a estrela de Davi, como nos tempos do Holocausto e, na Turquia, lojas colocaram placas do lado de fora: “Judeus não são permitidos”, entre outras notícias mais violentas de judeus sendo esfaqueados, atacados e humilhados.
Sobre a marcha em favor dos judeus
Várias autoridades francesas participaram da marcha que aconteceu no último domingo (12), entre elas a primeira-ministra Elisabeth Borne e representantes do governo.
O presidente da França, Emmanuel Macron, não compareceu, mas expressou o seu apoio ao protesto e apelou aos cidadãos para que se levantassem contra “o insuportável ressurgimento do antissemitismo desenfreado”.
Por outro lado, o líder do partido de extrema esquerda “França Insubmissa”, Jean-Luc Mélenchon, manteve-se afastado da marcha, dizendo na semana passada no X, antigo Twitter, que a marcha seria uma reunião de “amigos de apoio incondicional ao massacre em Gaza”.
A França tem a maior população judaica da Europa, mas dada a sua própria colaboração com os nazistas na Segunda Guerra Mundial, os atos antissemitas deixaram cicatrizes antigas.
Para muitos franceses, marchar contra o antissemitismo é mais do que um dever: “É uma marcha contra a violência, contra o antissemitismo, contra todos os extremos políticos que se infiltram na sociedade, para mostrar que a maioria silenciosa existe”, disse um homem de 67 anos.
Familiares de alguns dos 40 cidadãos franceses mortos no ataque inicial do Hamas, e dos desaparecidos ou mantidos como reféns, também participaram na marcha.
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